domingo, 31 de março de 2013

Peixes Ósseos (Classe Osteichthyes)

Os osteíctios são peixes de esqueleto ósseo que habitam tanto a água doce quanto o ambiente marinho. As espécies que compõem esse grupo são muito mais diversificadas do que os condríctios, tanto em tamanho quanto em forma e modo de vida. Há as que vivem em grandes profundidades (abissais), com seus órgãos bioluminescentes; os cavalos-marinhos, cujos machos guardam os filhotes em uma bolsa ventral; os peixes-voadores, que planam fora da água para se livrar de predadores; os linguados, que vivem camuflados na areia do fundo; os tambuatás, que fazem longas migrações em terra, durante a noite; os baiacus-de-espinho; os peixes-elétricos da Amazônia, que podem dar descargas de até 500 volts para capturar presas e se defender; as belas espécies ornamentais; e tantos outros.



Os osteíctios são bem definidos dos condríctios e podem ser facilmente identificados pela anatomia esterna. Seu corpo é recoberto por grandes escamas circulares, achatadas, dos tipos cicloide e ctenoide, que que ficam sobre a fina epiderme, rica em glândulas mucosas. Na derme há células pigmentadas, os cromatóforos, que  permitem mudanças de coloração.

A boca é voltada para a frente e, diferentemente dos condríctios, suas brânquias são protegidas por fortes placas ósseas, os opérculos. A nadadeira caudal é homocerca, ou seja, tem os ramos dorsal e ventral de mesmo tamanho. Em geral, as nadadeiras pares são bem desenvolvidos: peitorais (anteriores) e pélvicas (posteriores), de função estabilizadora. Ao longo da lateral do corpo é bem visível a linha lateral (que também está presente nos condríctios).

                                           Reprodução 
A maioria dos osteíctios tem fecundação externa. Na época da reprodução, os peixes de rios, adultos, sobem as correntes (piracema) e atingem as cabeceiras, onde a água é limpa e bem oxigenada. As fêmeas fazem a desova no cascalho do fundo e os lançam o esperma sobre esses ovos, fecundando-os. Desenvolvem-se então as pequenas larvas, os alevinos.

Muitas espécies de osteíctios apresentam dimorfismo sexual, com diferenças estremas bem visíveis entre machos e fêmeas, especialmente quanto ao tamanho e à forma do corpo e de algumas nadadeiras.

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