quinta-feira, 4 de abril de 2013

Cientistas usam ressonância magnética para ler sonhos


Analisando a atividade cerebral de uma pessoa durante o sono, equipe japonesa conseguiu identificar o tipo de imagem que estava sendo vista

Pesquisadores japoneses inventaram uma espécie de "leitor de sonhos" com base no monitoramento da atividade cerebral. Eles utilizaram imagens de ressonância magnética para identificar o que as pessoas estavam sonhando, e, de acordo com o estudo, publicado online nesta quinta-feira na revista Science, foram bem-sucedidos em cerca de 60% dos casos.


Para que isso fosse possível, os pesquisadores tiveram primeiro que "treinar" o sistema. Três voluntários tiveram os cérebros monitorados por ressonância magnética enquanto dormiam, e eram acordados todas as vezes em que atividade cerebral era detectada no córtex visual, para relatar com o que estavam sonhando. Os pesquisadores selecionaram nos relatos palavras-chave relacionadas a objetos ou cenas visuais. As palavras foram inseridas em uma base de dados que as organizou em grupos lexicais – as palavras "casa", "hotel" e "prédio", por exemplo, foram agrupadas.

Apesar de a maior parte dos sonhos estar associada ao sono REM (Rapid Eye Movement – em português, "movimento rápido dos olhos"), ele pode acontecer em outras fases do sono. O estudo teve como foco a fase transitória entre estar acordado e adormecer, para que fosse possível realizar um número maior de observações, acordando os participantes com frequência para que eles relatassem com o que estavam sonhando.

Foram selecionadas imagens que representassem cada grupo de palavras. Os pesquisadores então mediram a atividade cerebral de cada voluntário ao observar as imagens de cada grupo do banco de dados."Nós esperamos que essas descobertas levem a um melhor entendimento do funcionamento do sonho e de eventos neurais espontâneos", escrevem os autores.

Fonte: veja.abril.com.br

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