FLORESTAS TROPICAIS SÃO CAPAZES DE RESISTIR AO AQUECIMENTO GLOBAL

Uma nova pesquisa publicada neste domingo mostra que as florestas tropicais correm menos risco de perder sua cobertura vegetal como consequência do aquecimento global do que as previsões mais alarmistas mostravam.

NASA PLANEJA CAPTURAR ASTEROIDE E COLOCÁ-LO EM ÓRBITA DA LUA

A Nasa anunciou nesta quarta-feira o projeto de capturar um pequeno asteroide, colocá-lo em órbita da Lua e explorá-lo cientificamente.

CIENTISTAS DIZEM QUE UM COMETA, NÃO UM ASTEROIDE, CAUSOU A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS

Dupla de pesquisadores afirma que o corpo celeste que atingiu o planeta era menor e mais rápido que um asteróide

NO PASSADO, AQUECIMENTO GLOBAL AUMENTOU A BIODIVERSIDADE

Em grandes escalas de tempo, aumento da temperatura favorece mais o surgimento que a extinção de espécies, segundo cientistas britânicos.

VULCÕES EXTINGUIRAM METADE DAS ESPÉCIES DA TERRA HÁ 200 MILHÕES DE ANOS

Utilizando um novo processo de datação de rochas, pesquisadores americanos relacionaram com precisão um intenso período de erupção vulcânica à extinção de cerca de metade das espécies existentes...

domingo, 31 de março de 2013

Ordem Gymnophiona

Gymnophiona ou Apoda é uma ordem de anfíbios que inclui cerca de 175 espécies, distribuídas por 5 ou 6 famílias, segundo quem as classifica. Estes anfíbios, conhecidos como cecílias, gimnofionos e cobras-cegas, são típicos do Hemisfério Sul, estando bem representados no Sudeste Asiático e na América do Sul. Os gimnofionos caracterizam-se pela ausência de patas e possuem grande semelhança com minhocas (em alguns locais do Brasil são chamados também de “minhocuçu”). No entanto, são vertebrados, o que os separa dos anelídeos. A maioria das espécies são primariamente fossórias, habitando o ambiente subterrâneo, e secundariamente aquáticas. Principalmente por essas qualidades, constituem o grupo de vertebrados menos conhecidos pelos zoólogos.



O nome cobra-cega é dado devido à sua semelhança com cobras, e, também porque são considerados cegas, pelo menos para a formação de imagens e pela sua capacidade de enxergar. Esse fato está diretamente ligado à sua adaptação ao ambiente fossório. Entretanto, estudos morfológicos mostram que esses olhos possuem células que reconhecem luz. Existem outros animais que realmente poderiam ser chamados de cobras-cegas, como as cobras fossórias da família Typhlopidae e as anfisbenas Ordem dos Escamados, Subordem Amphisbaenia, Família Amphisbaenidae, que também vivem no ambiente subterrâneo. São répteis que possuem muitas semelhanças ecológicas com os anfíbios cobras-cegas mas que são chamadas de cobras-de-duas-cabeças, pelo fato de a cabeça ser muito semelhante à cauda. Uma característica distintiva das cobras-cegas é o fato de possuírem tentáculos, constituindo os únicos vertebrados tentaculados. Em função do ambiente fossório, perderam a visão das imagens, ganhando os tentáculos que é muito útil nesse tipo de ambiente. Tais tentáculos são muito sensíveis, com funções quimio- e mecanorreceptoras. O tamanho desses animais varia muito entre as espécies, variando desde poucos centímetros a em torno de 1,5 metros.

Fisiologia dos Anfíbios


A pele dos anfíbios é rica em glândulas produtoras de muco e em glândulas de veneno. Nos sapos, são bem visíveis as duas glândulas parotoides, grandes e com muitos poros, na região lateral da cabeça, logo atrás dos tímpanos.

Os pequenos sapos da família dendrobatídeos apresentam cores vivas (vermelho, amarelo, laranja), o que torna facilmente visíveis nas matas sul-americanas. Eles têm glândulas de potentes venenos dispersos pela pele, mortais para o ser humanos se injetadas ou se, por acaso, penetrarem em ferimentos em nossa pele. Alguns desses venenos são letais em doses de microgramas.



Uma das substâncias ativas desses venenos é a batracotoxina, uma neurotoxina que provoca paralisias e parada cardíaca. Por conta dessas propriedades, a  pele desses sapos é usada por algumas tribos indígenas para envenenar as flechas usadas na caça. Ao assar a carne dos animais que foram abatidos dessa forma, o veneno é degradado e a carne torna-se consumível.


O esqueleto dos anfíbios apresentam uma novidade evolutiva: cinturas ósseas. A essas estruturas se prendem os membros anteriores (cintura escapular) e posteriores (cintura pélvica). O sistema digestório é formado por uma boca larga, sem dentes, e uma longa língua, que está presa na região anterior da mandíbula e pode ser projetada para fora, para a captura de insetos.



No estágio larval, os anfíbios respiram por brânquias; quando adultos, têm respiração pulmonar e cutânea. Seus pulmões são órgãos pouco eficientes, pois a superfície interna é relativamente pequena para as trocas gasosas. Além disso, o mecanismo de bombeamento de ar para o interior dos pulmões é precária, já que consta basicamente de movimentos de “engolir” da musculatura bucal (movimentos gulares). Essa deficiência é compensada pela respiração cutânea, na qual a pele dos anfíbios, permeável, úmida, sem escamas e bem irrigada por vasos sanguíneos, assume grande importância nas trocas de gases.

Essa pele especial é que garante a maior absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico, superando a respiração pulmonar. As brânquias persistem nos adultos de alguns urodelos, caso do axolote, cujas brânquias são externas e ramificadas.


O sistema circulatório apresenta uma grande novidade, a chamada dupla circulação: há um ciclo pulmonar (pequena circulação), para distribuí-lo para o corpo. O coração tem um grande seio venoso, que recebe o sangue venoso de todo o corpo, passando-o para o átrio direito. O átrio esquerdo recebe o sangue arterial dos pulmões e da pele. Dos átrios, o sangue é passado para o único ventrículo, onde há uma pequena mistura de sangue arterial e venoso, que sai do coração por duas aortas. Pelo fato de haver essa mistura, fala-se em circulação incompleta.


Na região terminal do corpo fica a cloaca, onde desemboca os canais genitais e urinários. Os rins são do tipo mesonefro e a substância de excreção predominante é a ureia. Nos anfíbios, os órgãos sensoriais mais desenvolvidos são os olhos e as orelhas. A orelha média tem um tímpano bem visível, que é uma membrana escura e de forma circulas, localizada na superfície da pele, logo atrás dos olhos. A audição é importante, pois os sapos machos coaxam para atrair as fêmeas para o acasalamento. Esses cantos nupciais, típicos de cada espécie, são produzidos na glote, que é a abertura da traqueia, e amplificados em sacos vocais existentes ao lado da cavidade bucal.


Anfíbios

Acredita-se que os ancestrais dos anfíbios iniciaram a transição da ocupação do meio aquático para o terrestre. Isso explicaria o fato de as espécies que constituem esse grupo ainda manterem uma estreia dependência em relação à água, daí o nome (anfi = ambos, bio = vida).



É possível que os anfíbios tenham se originado de peixes aparentados aos dipnoicos (peixes pulmonados) atuais. As principais adaptações dos anfíbios ao novo modo de vida são os dois pares de extremidades locomotoras (eles são tetrápodes), a respiração pulmonar e a epiderme dotada de uma fina camada córnea. A pele, embora ofereça certa proteção contra a desidratação, ainda é permeável, permitindo uma eficiente respiração cutânea. Esse processo também é facilitado pela abundante secreção de suas glândulas mucosas.

A taxa de gás oxigênio presente no ar é maior do a que se encontra dissolvida na água, o que constitui uma evidente vantagem na conquista desse novo ambiente. Outras vantagens que podem ser mencionadas são a menor composição por alimentos e o menor risco de ataque de predadores, já que se acredita que naquela época não existiam outros vertebrados terrestres.

Apesar dessas adaptações, os anfíbios ainda têm limitações no meio terrestre, ficando de certa forma ligados, à água e normalmente vivendo próximo a ela. Isso porque, para a maioria das espécies de anfíbios, a fecundação e o desenvolvimento larvário se processam ni meio aquático, onde ocorre sua metamorfose.

Reprodução

Os anfíbios são animais de sexos separados e geralmente com dimorfismo sexual. O tipo de reprodução dos anfíbios é outra características que os mantêm dependentes da água. Os ovos não têm casca, apresentam apenas um envoltório gelatinoso, assim, eles só se mantêm viáveis em meio aquático. A fecundação é externa; os machos, em cópula, despejam seu líquido seminal sobre um cordão gelatinoso que envolve os óvulos á medida que eles saem da cloaca da fêmea.



Uma vez fecundados, os ovos recebem diferentes cuidados. Dependendo da espécie, eles se desenvolvem no interior dos sacos vocais, em reentrâncias da pele dorsal, enrolados nas pernas ou simplesmente  enovelados, aos milhões, em plantas aquáticas. Em pouco tempo surgem as larvas (desenvolvimento indireto), que nos anuros são chamados de girinos. Estes sofrem metamorfose para chegar à forma dos adultos. A primeira modificação marcante é o aparecimento das pernas posteriores. Em seguida, amplia-se a boca, atrofiam-se as brânquias, surgem as pernas anteriores, menores, e acentua-se a regressão da cauda, que desaparece rapidamente. As substâncias da cauda são reabsorvidas e reaproveitadas para a sequência do desenvolvimento.

Peixes Cartilaginosos (Classe Chondrichthyes)

Os condríctios são peixes que apresentam um esqueleto completamente cartilaginoso (condo = cartilagem; ictio = peixe). A classe é representada por cerca de 800 espécies, dentre tubarões, cações e raias, a maioria marinha. Algumas raias são de água doce, como as perigosas raias-de-fogo da Amazônia, que podem injetar veneno com seu ferrão caudal. As grandes raias-jamantas e as pequenas raias-elétricas são marinhas e também pertencem a esse grupo.


Em geral, os tubarões são carnívoros ativos, com várias adaptações para uma caça eficiente. O corpo é alongado, fusiforme, impelido por forte nadadeira caudal. A boca é ampla, em posição ventral, e suas potentes mandíbulas (ventral) e maxilares (dorsais) têm várias fileiras de dentes pontiagudos, os quais, se forem perdidos, são substituídos por novos, das fileiras mais internas. O tubarão-branco, que pode atingir até 7 m de comprimento, é um exemplo de tubarão carnívoro. Já o gigante tubarão-baleia, o maior dos peixes, com até 15 m de comprimento, é um comedor de plâncton, inofensivo para ser humano.

No exterior do corpo dos condríctios são visíveis de cinco a sete pares de fendas branquiais. A nadadeira caudal é heterocerca, ou seja, com o ramo dorsal maior do que o ventral. Nos machos, as nadadeiras pélvicas (ventrais) se diferenciam em um órgão copulador, o clásper. A pele é resistente e tem textura de lixa, pois é toda recoberta por microscópicas escamas placoides, cada uma com um dentículo pontiagudo saliente.

                                          Reprodução
 Os crondríctios têm fecundação interna; os espermatozoides são passados para a fêmea através do clásper. Há espécies ovíparas, cujas ovos têm a forma de pequenas bolsas marrom-escuras, de parede resistente e com filamentos nas extremidades para a fixação em diferentes substratos. Outros são vivíparos, nascendo os filhotes já complemente formados.

Peixes Ósseos (Classe Osteichthyes)

Os osteíctios são peixes de esqueleto ósseo que habitam tanto a água doce quanto o ambiente marinho. As espécies que compõem esse grupo são muito mais diversificadas do que os condríctios, tanto em tamanho quanto em forma e modo de vida. Há as que vivem em grandes profundidades (abissais), com seus órgãos bioluminescentes; os cavalos-marinhos, cujos machos guardam os filhotes em uma bolsa ventral; os peixes-voadores, que planam fora da água para se livrar de predadores; os linguados, que vivem camuflados na areia do fundo; os tambuatás, que fazem longas migrações em terra, durante a noite; os baiacus-de-espinho; os peixes-elétricos da Amazônia, que podem dar descargas de até 500 volts para capturar presas e se defender; as belas espécies ornamentais; e tantos outros.



Os osteíctios são bem definidos dos condríctios e podem ser facilmente identificados pela anatomia esterna. Seu corpo é recoberto por grandes escamas circulares, achatadas, dos tipos cicloide e ctenoide, que que ficam sobre a fina epiderme, rica em glândulas mucosas. Na derme há células pigmentadas, os cromatóforos, que  permitem mudanças de coloração.

A boca é voltada para a frente e, diferentemente dos condríctios, suas brânquias são protegidas por fortes placas ósseas, os opérculos. A nadadeira caudal é homocerca, ou seja, tem os ramos dorsal e ventral de mesmo tamanho. Em geral, as nadadeiras pares são bem desenvolvidos: peitorais (anteriores) e pélvicas (posteriores), de função estabilizadora. Ao longo da lateral do corpo é bem visível a linha lateral (que também está presente nos condríctios).

                                           Reprodução 
A maioria dos osteíctios tem fecundação externa. Na época da reprodução, os peixes de rios, adultos, sobem as correntes (piracema) e atingem as cabeceiras, onde a água é limpa e bem oxigenada. As fêmeas fazem a desova no cascalho do fundo e os lançam o esperma sobre esses ovos, fecundando-os. Desenvolvem-se então as pequenas larvas, os alevinos.

Muitas espécies de osteíctios apresentam dimorfismo sexual, com diferenças estremas bem visíveis entre machos e fêmeas, especialmente quanto ao tamanho e à forma do corpo e de algumas nadadeiras.

Peixes

Os peixes são encontrados nos mais variados hábitats aquáticos e com grande diversidade de tamanhos, formas e modos de vida. Há desde peixes com cerca de 1cm de comprimento até espécies com 15 m (tubarão-baleia). O corpo dos peixes pode ser fusiforme, oval, arredondada, achatada ou mesmo ter formas curiosas, como a dos cavalos-marinhos.


Alguns são nadadores de mar aberto (atuns, tubarões); outros ficam assentados na areia do fundo do mar (linguado) ou se enterram na areia ou na lama (raias); podem se esconder em buracos nas rochas (moreias) ou se fixar em outros peixes (rêmoras); há os que escondem em algas (cavalos-marinhos) e até os que saltam para fora da água (peixes-voadores). Os tambuatás usam suas nadadeiras peitorais para “caminhar” próximo a rios, á noite, nas florestas úmidas.



A característica marcante do grupo é a notável adaptação à vida aquática. Para a locomoção nesse meio, esses grandes nadadores têm alto gasto energético, em parte reduzido por causa das adaptações relacionadas à forma hidrodinâmica do corpo e à presença de glândulas mucosas na pele, que lhes conferem maior eficiência para vencer a resistência da água. As nadadeirasproporcionam boa impulsão, enquanto a flutuabilidade é facilitada pelo acúmulo de óleo de baixa densidade no fígado e, nos peixes ósseos, também pela presença da bexiga natatória. Esta confere a esses animais a capacidade de regular a densidade corporal, permitindo-lhes posicionar-se a diferentes profundezas. Além disso, no processo evolutivo os peixes desenvolveram exclusivos e eficientes órgãos sensoriais, que lhes permitem uma boa exploração do meio aquático.




A linha lateral, por exemplo, detecta a direção a direção e a velocidade das correntes aquáticas, as ondas sonoras e a pressão da água. A função olfativa, por sua vez, é tão aguçada que muitos peixes são capazes de perceber determinadas substâncias em concentrações de uma parte por milhões. As ampolas de Lorenzini são eletrorreceptores que detectam variações no campo elétrico da água que circula o animal. Essas variações podem ser produzidas, por exemplo, por presas que estejam nas proximidades, facilitando sua captura. Os pequenos poros dessas ampolas se distribuem em linhas, especialmente na cabeça de cações, tubarões e raias.

A respiração branquial e o revestimento do corpo pelas escamas protetoras são outras importantes adaptações à vida aquática.

sábado, 30 de março de 2013

Cientistas exploram fundo do mar sul-africano em busca do peixe dinossauro


Uma equipe de mergulhadores e cientistas franceses e sul-africanos vai lançar, nas próximas semanas, uma expedição na África do Sul em busca do celacanto, peixe mítico das grandes profundezas considerado desaparecido há muito tempo. A expedição Gombessa, como o celacanto é chamado localmente, está prevista para se estender de 5 de abril a 15 de maio, informou nesta sexta-feira o Museu Nacional de História Natural (MNHN) de Paris.

A empreitada reunirá em torno do mergulhador e naturalista francês Laurent Ballesta uma equipe de mergulhadores especialmente treinados para alcançar grandes profundidades, cientistas do Instituto Sul-africano para a Biodiversidade Aquática (SAIAB) e seis cientistas do MNHN e do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS). Um gigante pacífico com 2 metros de comprimento, o celacanto foi reencontrado em 1938, na costa leste da África do Sul. "Nós acreditávamos que ele tivesse desaparecido há 70 milhões de anos. O achado é considerado a grande descoberta zoológica do século XX", afirmou o museu em comunicado.


O celacanto "traz em si os traços da mudança dos peixes para os primeiros vertebrados terrestres de quatro patas": esboços de membros em quatro de suas nadadeiras e uma bolsa de ar que seria o vestígio de um pulmão primitivo. Ele é, segundo o museu, "a testemunha viva e inesperada da saída das águas há 370 milhões de anos". Entretanto, muito pouco se sabe hoje sobre o modo de vida deste animal raro que vivia a mais de 100 metros de profundidade, e do qual poucas observações diretas puderam ser feitas.

Para chegar até o peixe, Laurent Ballesta e sua equipe de mergulhadores deverão, diariamente, retornar às grutas de Jesser Canyon, na baía de Sodwana (Oceano Índico), a 120 metros de profundidade. Assim que tiverem feito contato com o animal, eles colocarão em andamento os protocolos científicos concebidos pela equipe de cientistas do MNHN e do CNRS, chefiada pelo paleontólogo Gael Clément, e os biólogos sul-africanos Kerry Sink e Angus Paterson. A expedição pode ser acompanhada pelo site www.coelacanthe-projet-gombessa.com.

Fonte: veja.abril.com.br

Pteridófitas

As pteridófitas apresentam adaptações importantes que possibilitam a vida no meio terrestre: são as primeiras plantas vasculares, sendo capazes, portanto, de transportar facilmente a água das raízes para seus órgãos aéreos – o caule e as folhas. Plantas vasculares também, são chamadas traqueófitas, pois apresentam tecido condutor, constituído pelas traqueias, células especializadas para a condução de seiva. Os vasos lenhosos (xilema) transportam água e sais absorvidos pelas raízes, enquanto os vasos liberianos (floema), por sua vez, transportam uma solução orgânica com os produtos da fotossíntese.


Uma importante especialização dos vasos lenhosos é a impregnação de suas paredes por uma substâncias de grande resistência, a lignina, que proporciona a sustentação mecânica do caule e das nervuras das folhas. A presença de caule, com as funções de condução e sustentação, possibilitou a existência de espécies de pteridófitas arbustivas e até arbóreas, como, por exemplo, as samambaiaçus, de vários metros de altura.



No período geológico do Carbonífero, há cerca de 360 milhões de anos, quando havia muitos ambientes quentes e úmidos em todo o planeta, as pteridófitas eram as plantas mais abundantes da Terra. No entanto, as mudanças climáticas ocorridas e a competição com outras espécies surgidas posteriormente, como as como as gimnospermas e as angiospermas, mudaram esse cenário. Atualmente, a maior parte das espécies de pteridófitas é encontrada apenas nas florestas úmidas das regiões tropicais ou em locais com condições climáticas semelhantes.

Gimnospermas

As gimnospermas (gimno = nu; sperma = semente) são espermatófitas, ou seja, plantas cujas sementes não ficam protegidas no interior de um fruto. Daí o significado do nome, “sementes nuas”.

As primeiras plantas com sementes foram as pteridospermas, que existiram há cerca de 300 milhões de anos e cujo nome significa “samambaias com sementes”. Esse grupo, já extinto, apresentava características intermediárias entre as gimnospermas e as pteridófitas. Era constituído por grandes árvores de caules lenhosos, isto é, já tinham vasos condutores, sendo portanto, traqueófitas.



Uma das características das gimnospermas é a existência dos estróbilos ou cones, que são conjuntos de esporângios protegidos por folhas em forma de escamas. Dentre as gimnospermas atuais, destacam-se as coníferas e as cicadíneas. As coníferas constituem o grupo mais representativo das gimnospermas, quer pelo número de espécie e distribuição geográfica, quer pelo grande desenvolvimento do esporófito, de muita utilidade para o ser humano. No grupo cicadíneas, gênero mais comum é Cycas, que lembra uma palmeira de grandes folhas compostas e penadas. O grande estróbilo, masculino ou feminino, fica no ápice caulinar da planta, circundada pelas folhas. O caule é grosso, lenhoso e de crescimento lento.


Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.



A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.


Briófitas

Nesse grupo, estão reunidos as hepáticas, os antóceros e os musgos. São vegetais, na maioria terrestres, de lugares úmidos e de pequeno porte (apenas alguns centímetros). Os musgos geralmente cobrem extensas camadas de solo úmido, rochas ou troncos de árvores; são bem adaptados à baixa luminosidade do interior das matas tropicais. São relativamente pequenos e têm eixo ereto, o cauloide (um “caule simples”), onde se prendem muitos filoides pequenos, finos e simples, que podem absorver diretamente água do meio. Suas células são ricas em cloroplastos e possuem gametófitos masculino e femininos independentes e, por isso, são ditas dioicas. As briófitas brotam a partir de um conjunto de filamentos ramificados subterrâneos, os protonemas (haploides). Os musgos fixam-se no solo por pequenos filamentos, os rizoides, que também fazem a absorção de água e sais. O cauloide e os filoides não têm vasos condutores de seiva. Assim, nas briófitas (avasculares) o transporte de água é muito lento e se faz por difusão, de célula para célula, o que obviamente limita o seu tamanho.



Os órgãos reprodutores, de função equilibrada à das gônadas dos animais, são chamadas de gametângios. O gametângio feminino é o arquegônio, com apenas um gameta, a oosfera. O gametângio masculino é o anterídio, com muitos anterozoides flagelados.


Quanto à reprodução,há sempre um ciclo de alternância de gerações, com a fase gametofítica (G), haploide, representada nas briófitas pelos musgos ou pelo talo (hepáticas), ambos verdes, autótrofos.  O esporófito (E), diploide, é reduzido, formando-se a partir do desenvolvimento do zigoto em embrião sobre o gametófito feminino, do qual depende para a nutrição. É marcante o fato do gametófito ser a faze mais desenvolvida do ciclo, o que é representado por G > E.

Angiospermas


As angiospermas (angio = urna; esperma = semente), grupo mais recente na história evolutiva dos vegetais, apresentam duas características exclusivas bem evidentes: as flores e os frutos, que mostram uma incrível diversidade nas suas cerca de 250 mil espécies atuais conhecidas. Nas angiospermas, a existência de flores e de frutos tem um destaque muito especial entre as plantas. Essas estruturas desempenham papel central nas muitas relações que se estabelecem com os animais e na consolidação dos principais ecossistemas terrestre.


Nas angiospermas, as flores são formadas por folhas modificadas, que dão origem a estruturas especiais: os estames e os carpelos. Nos estames, por meioses, são produzidos os grãos de pólen. As folhas modificadas em carpelos envolvem complemente os óvulos e se unem, constituindo o ovário da flor.


                                   Reprodução


Flores: As flores, que são os órgãos reprodutivos das angiospermas, são o aspecto mais marcante para as distinguir de outras plantas que produzem sementes. As flores auxiliam as angiospermas a alcançar uma grande adaptabilidade e a ampliar os ecossistemas abertos para elas. Isso tem permitido às angiospermas a maior dominância em ecossistemas terrestres.

Partes masculinas reduzidas, três células

O gametófito masculino das angiospermas é significantemente reduzido em tamanho, comparado as gimnospermas. O grão de pólen menor diminui o tempo de polinização até alcançar a planta fêmea para a fertilização. Nas gimnospermas, a fertilização pode ocorrer em até um ano após a polinização, enquanto nas angiospermas, a fertilização começa logo após a polinização. O tempo curto leva as plantas angiospermas produzir sementes mais rápido e mais cedo do que as gimnospermas, o que pode considerar-se uma vantagem evolucionária.

Os carpelos fechados em angiospermas também permitem adaptações a polinizações especializadas. Isso ajuda a prevenir a autofertilização, promovendo a diversidade. Assim que o ovário é fertilizado, o carpelo e alguns outros tecidos se desenvolvem e formam o fruto, que serve para atrair animais que podem dispersar a semente.

A Endosperma, na sua formação em geral começa após a fertilização e antes da primeira divisão do zigoto. O endosperma é um tecido altamente nutritivo que pode fornecer alimento ao embrião que está se desenvolvendo, cotilédones e, algumas vezes, à plântula.
Essas características juntas fazem das angiospermas as mais diversas e numerosas plantas terrestres e o grupo mais comercialmente importante para os humanos.



Fonte: pt.wikipedia.org




Grupo Zigomicetos


São os fungos mais simples, de hifas cenocíticas, cujo micélio se espalha sobre o substrato, produzindo ocasionais esporângios na na extremidade de algumas hifas que se elevam verticalmente. Quando os esporângios se rompem, os esporos se dispersam no ambiente e germinam sobre novos substratos.



O nome do grupo (zigo = par, união de dois; miceto = fungo) refere-se à existência de um processo de reprodução sexuada em que ocorre a fusão de hifas de dois indivíduos haploides; no ponto de contato forma-se uma estrutura equivalente a um zigoto. Dois exemplos representativos desse grupo são os bolores dos gêneros Mucor (encontrados sobre frutas em processo de apodrecimento) e Rhizopus (bolores pretos, comuns sobre pão envelhecido e também sobre frutas.

Grupo Basidiomicetos

Nesse grande grupo encontram-se os fungos mais comumente conhecidos, tais como os champignons e outros cogumelos e as orelhas-de-pau. O micélio desses organismos é constituídos por hifas septadas, geralmente dispersas subterraneamente ou no interior de madeira apodrecida. No processo reprodutivo desenvolvem-se hifas especializadas, que se organizam formando corpos de frutificação, os basidiocarpos. Em geral, eles têm a forma de um guarda-chuva, como nos cogumelos, ou de ”prateleira” dispostas em um tronco de árvore, no caso das orelhas-de-pau.


Um basidiocarpo apresenta, na face inferior de seu “chapéu” (ou píleo), muitas lamelas dispostas radialmente. Na superfície dessas lamelas encontra-se um grande número de microscópicos basídios, que, por meio de meiose, produzem esporos (basidiósporos) haploides. Ao caírem em local adequado (solo ou outro local rico em matéria orgânica), os basidiósporos se desenvolvem em novas hifas (ainda haploides), formando um micélio.

Quando hifas de dois micélios diferentes se encontram, pode ocorrer a fusão entre elas (plasmogamia), o que constitui uma forma de reprodução sexuada. Como resultado da plasmogamia, formam-se hifas dicarióticas, que apresentam dois núcleos em cada célula. Essas hifas formarão um novo micélio que, no momento adequado, constituirá novos corpos de frutificação, fechando o ciclo.

Note que a fusão dos dois núcleos haploides, reconstituindo a condição diploide, ocorre somente no interior dos basídios. Após isso, acontece a divisão meiótica produtora de esporos (meiose espórica). Observa-se, portanto, o mesmo tipo de alternância de geração já descrito para as macroalgas, sendo que, nos basidiomicetos, a fase diploide é representada pelo basidiocarpo; e a fase haploide, pelas hifas mais simples, de células mononucleadas.

Grupo Ascomicetos

O micélio desse grupo também é constituído por hifas septadas. Aqui também se verifica um ciclo de vida marcado pela alternância de gerações e pela formação de corpos de frutificação, nesse caso chamados de ascocarpos, que apresentam formas e dimensões bastante variadas. O ciclo reprodutivo dos ascomicetos é semelhante àquele que ocorre nos basidiomicetos: hifas haploides de dois micélios diferentes encontram-se, fundem-se (plasmogamia) e dão origem a hifas dicarióticas. A partir dessas hifas formam-se os ascocarpos, cuja região central apresentará muitos ascos alongados. Cada asco conterá, por fim, oito ascósporos haploides produzidos por meiose.





Em sua reprodução assexuada, os ascomicetos formam, na extremidade de hifas especializadas, milhões de diminutos conidiósporos, que são pequenos como partículas de poeira. Desse  fato advém o nome “conidiósporo”: do grego konis = poeira. Esse tipo de esporo é muito leve e resistente, espalhando-se com facilidade pelo ambiente e podendo sobreviver por muito tempo até que surjam condições apropriadas para a germinação. A presença de grande quantidade de esporos desses fungos (em particular, os pertencentes ao gênero Aspergillus) no ambiente doméstico frequentemente provoca casos alérgicos (asma e rinite, por exemplo) em seres humanos.

Algumas espécies de Aspergillus são úteis para o homem, sendo utilizadas na produção de saquê (uma bebida alcoólica) e shoyu (molho de soja). São igualmente importantes os fungos do gênero Penicillium, que são mofos de cor azul-esverdeada, dos quais se extrai o antibiótico penicilina. A este gênero também pertencem os fungos utilizados na produção dos queijos camembert e roquefort.

Outros ascomicetos bem conhecidos são as leveduras, que são fungos unicelulares. A levedura mais conhecida é, sem dúvida, a da espécie  Saccharomyces cerevisiae, conhecida como levedura da cerveja ou fermento biológico. Esse ascomiceto é capaz de realizar fermentação alcoólica e, por isso, é empregado pelo homem no preparo do pão, na fabricação de bebidas alcoólicas (como a cerveja e o vinho), e na produção de etanol (utilizado como combustível). Por fim, podemos citar como representantes desse grupo as famosas trufas (gênero Tuber). Elas formam corpos de frutificação subterrâneos, de sabor característico, e são muito apreciadas na culinária europeia.






Estrutura dos Fungos


As células dos fungos têm paredes de quitina, um polissacarídeo nitrogenados que também constitui o esqueleto dos insetos. Pode apresentar também hemicelulose e, mais raramente, celulose. No citoplasma ficam dispersos muitos grânulos de reserva de glicogênio. Além disso, em cada célula pode haver um só núcleo, ou dois, pareados, além de ribossomos e mitocôndrias.

Normalmente, as longas e ramificadas hifas formam um denso emaranhado, que cresce irregularmente no interior do substrato, constituindo o micélio. Este último não é um tecido verdadeiro, pois células de hifas vizinhas não têm paredes comuns. Nos fungos superiores, o micélio se organiza produzindo um corpo de frutificação, com forma bem definida, que caracteriza as diferentes espécies. Quando corpos de frutificação surgem na superfície do solo ou de um tronco podre, por exemplo, é sinal de que se originaram de um vasto micélio subterrâneo, de até dezenas de metros de extensão, que pode estar vivendo ali há anos sem nunca ter sido notado.


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Nos fungos há hifas cenocíticas, isto é, que não possuem septos transversais: seus muitos núcleos ficam dispersos em uma massa citoplasmática comum. Há também hifas septadas, ou seja, que apresentam septos ou membranas transversais. Nesse caso, as células podem ter um núcleo haploide, compondo as chamadas hifas haploides, ou dois núcleos pareados, formando as hifas dicarióticas (di = dois; cario = núcleo).







Artrópodes


Os artrópodes são um filo de animais invertebrados, que possuem exoesqueleto rígido e vários pares de apêndices articulados, cujo número varia de acordo com a classe.

Compõem o maior filo de animais existentes, representados por animais como os gafanhotos (insetos), as aranhas (aracnídeos), os caranguejos (crustáceos), as centopéias (quilópodes) e os piolhos-de-cobra (diplópodes). Têm cerca de um milhão de espécies descritas, e estima-se que os representantes deste filo equivalem a cerca de 84% de todas as espécies de animais conhecidas pelo homem. Possuem uma ampla gama de cores e formatos, e no que diz respeito ao tamanho, alguns vão desde as formas microscópicas, como no plâncton (com menos de 1/4 de milímetro), até crustáceos com mais de 3 metros de espessura.



Sua existência é datada nos registros fósseis desde o período Cambriano (cerca de 542 a 488 milhões de anos atrás), onde criaturas como as Trilobitas eram encontradas em abundância nos oceanos. Algumas teorias sobre a origem deste filo sustentam que os ancestrais dos artrópodes podem ter sido os anelídeos (vermes de corpo segmentado em anéis) ou de algum outro ancestral em comum.

Os artrópodes habitam praticamente todos os tipos de ambientes no planeta, sejam eles aquáticos ou terrestres. Mesmo nos lugares mais inóspitos e sob temperaturas baixíssimas, como nas geleiras da Antártida, é possível encontrar a presença dos artrópodes. Alguns dentre a classe dos insetos, representam os únicos invertebrados que possuem a capacidade de voar. Também se encontram alguns que são parasitas e outros que apresentam características simbióticas. Muitos destes animais estão diretamente ligados ao homem, seja por serem utilizados como alimento, como também por causarem prejuízos na saúde e na agricultura.



Fonte: pt.wikipedia.org

sexta-feira, 29 de março de 2013

Pesquisadores criam formigas-robô que reproduzem comportamento de colônias


Os micro-robôs se deslocaram por um labirinto utilizando os mesmos mecanismos de orientações dos insetos

Pesquisadores conseguiram reproduzir o comportamento de uma colônia de formigas utilizando robôs em miniatura em forma de cubos com cerca de 2 centímetros, batizados de Alice. O estudo, publicado no periódico PLoS Computational Biology, procurava entender como as formigas se orientam nos diversos túneis criados por elas, que formam verdadeiros labirintos que ligam o ninho até as fontes de alimento.
Os insetos utilizados como referência foram as formigas argentinas (Linepithema humile), que se guiam na natureza por trilhas de feromônios (substância química que permite o reconhecimento de animais da mesma espécie) deixadas por outros indivíduos. Esse comportamento foi reproduzido nos robôs por meio de uma trilha de luz emitida por eles e captada pelos outros “Alices” por meio de dois sensores de luz que mimetizam as antenas das formigas.


No início do experimento, como não havia nenhuma trilha de luz no labirinto criado para reproduzir os túneis das formigas, os robôs tendiam a escolher, a cada bifurcação, os caminhos que os desviavam menos da trajetória inicial. Mas ao detectar uma trilha de luz, eles passavam a segui-la. O mesmo é observado nas formigas: elas tendem a escolher, em bifurcações, o caminho que se desvia menos de onde elas estão vindo, por ser a opção que requer um esforço menor. Porém, quando há feromônios, elas passam a seguir a direção na qual a presença dessa substância é mais intensa.

“Em resumo, de um lado está o feromônio, que permite que as formigas escolham um caminho — frequentemente o mais curto —, e do outro lado está a geometria assimétrica das bifurcações, que reduz as chances de que as formigas escolham o caminho errado e se percam. A combinação dos dois fatores aumenta a habilidade da colônia de selecionar o caminho correto mesmo em ambientes complexos”, disse Bem Hinnant, um dos autores do estudo, ao site de VEJA.

Dessa forma, os pesquisadores descobriram que os robôs não precisavam estar programados para calcular a geometria das bifurcações, e conseguir, assim, se deslocar pelo labirinto numa reprodução do comportamento dos insetos. As formigas argentinas têm visão ruim e se movem rápido demais para poder fazer cálculos sobre suas decisões de caminhos. O fato de os robôs, que não foram programados para realizar cálculos, terem se comportado da mesma forma que as formigas mostra que um processo cognitivo complexo não é necessário para que os membros das colônias se movam de forma eficiente em seus complexos labirintos.

Fonte: veja.abril.com.br

Estrutura dos liquens


O corpo de um líquen, ou seja, o seu talo, apresenta diversas formas: foliáceos, incrustantes e filamentares ramificados. Nele há, normalmente, quatro camadas bem definidas: córtex superior, com uma trama compacta de hifas; camada gonidial, com predominância de algas verdes ou cianobactérias; medula, com uma rede mais frouxa de hifas; e córtex inferior, semelhante ao superior, mas com algumas hifas rizoides para fixação no substrato.

Embora muito resistentes à dessecação sob sol forte, os linques são muito sensíveis à poluição ambiental. Isso acontece porque eles absorvem com facilidade vapor-d’água e íons em solução e, portanto, mínimos traços de poluentes. Por isso eles são considerados bons indicadores da qualidade do ar.



Os líquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões. Normalmente os líquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico. Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são substratos para outros liquens.

A capacidade do líquem de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação. Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.

Linques

Os linques  resultam de uma associação mutualística entre fungos e algas unicelulares ou cianobactérias. O componente heterótrofo da associação é um fungo, geralmente um ascomiceto, e é chamado de micobionte; ele predomina na associação. O componente fotossintetizante é unicelular e chamado de ficobionte, podendo ser uma alga verde ou uma cianobactéria.


A associação é tão íntima e equilibrada que durante muito tempo os linques foram considerados vegetais, pois pareciam um único tipo de organismo. Eles crescem em ambientes onde normalmente o fungo ou a alga não sobreviveriam de forma independente, como em regiões muito frias ou ambientes terrestres relativamente secos. Quanto às substâncias nutritivas, a alga cede ao fungo produtos da fotossíntese e, em troca, recebe sais minerais.

Os  linques crescem sobre troncos de árvores, rochas e no solo. Eles são pioneiros no processo de sucessão ecológica, pois provocam a lenta erosão de rochas e solos duros, preparando o terreno para o crescimento dos primeiros vegetais.


Fungo


Os fungos são eucariontes, uni ou pluricelulares, todos heterótrofos.Embora algumas espécies possam ter coloração esverdeada, os fungos não dispõem de clorofila ou de qualquer outro pigmento fotossintetizante.

Assim, necessitam de matéria orgânica para sobreviver. Eles obtêm os nutrientes de que necessitam por meio da absorção direta ( quando essas moléculas estão disponíveis no meio em que vivem ) ou secretando enzimas digestivas ao seu redor para quebrar as macromoléculas da matéria orgânica que lhes serve de alimento; posteriormente, os nutrientes resultantes são absorvidos. Em resumo, geralmente realizam a digestão extracelular do alimento e, em seguida, a absorção dos nutrientes.



Eles se desenvolvem com extrema facilidade nos mais diversos ambientes, terrestre e aquáticos, além de estabelecerem diferentes tipos de associações com muitos outros grupos de seres vivos.


No ar, os fungos estão presentes sob a forma de esporos microscópicos e de fácil dispersão. Ao caírem sobre substratos orgânicos, como restos de vegetais e colheitas expostos à umidade, corpos de animais mortos, lixo, fezes, secreções eliminadas por plantas e animais, e sobre o próprio solo, esses esporos rapidamente se desenvolvem formando longos filamentos, as hifas, que passam a absorver  as substâncias minerais e orgânicas simples e solúveis do substrato em que se encontram. Não apenas na natureza, mas também no ambiente doméstico há substratos que podem ser aproveitados pelos fungos: sapatos ou roupas em um armário livros em uma biblioteca, alimentos descobertos na cozinha, tintas nas paredes, madeira exposta à umidade, pelos de cães e gatos e até lentes de aparelhos ópticos.

Até o momento citamos a ação dos fungos saprófitos, isto é, aqueles que atacam a matéria orgânica morta, provocando sua decomposição, fenômeno esse realizado junto a várias espécies de bactérias. No entanto, há fungos que possuem outros modos de vida, como os parasitas, que atacam os seres vivos provocando algumas doenças – micoses nos animais e fitomicoses nas plantas.

Já as micorrizas ( mico = fungo; rizo = raiz ) são associações entre fungos e raízes de de várias espécies de plantas. No interior das células radiculares desses vegetais é possível encontrar uma grande quantidade de hifas do fungo associado. Essas relações é do tipo mutualista, pois entre os dois organismos envolvidos ocorre troca de nutrientes, sendo ambos beneficiados. Os orquidários, por exemplo, sabem que, sem as micorrizas, muitas orquídeas não se desenvolveriam bem e, por isso, suas raízes precisam ser propositadamente “contaminadas” por fungos micorrízicos.

Protozoários

Os protozoários são protoctistas heterótrofos unicelulares, anteriormente classificados como um único filo dentro do Reino Animal. Atualmente, são reconhecidos como protoctistas e admitem-se a existência de diferentes grupos entre eles, aos quais os sistematas conferem variados status taxonômicos.



Os protozoários vivem em grande diversidade de hábitats: solo úmido, água doce, ambiente marinho e, até mesmo, no interior de outros organismos. Em geral, nutrem-se pela ingestão de alimentos e restos orgânicos de várias origens, presentes no ambiente. Há espécies predadoras e outras que vivem em mutualismo com muitos animais, como as que habitam o intestino de cupins promovendo a digestão de celulose, principal alimento dos insetos. Muitas espécies dão parasitas que se nutrem absorvendo alimentos em solução nos tecidos dos hospedeiros.

No Brasil, algumas das principais doenças causadas por protozoários (protozooses) no homem são a malária, a doença de Chagas, a leishmaniose e a amebíase.

Algas


Protoctistas autótrofos unicelulares 
São as algas simples, na maioria planctônicas, que merecem destaque pela importância nos ecossistemas aquáticos, onde constituem a base da teia alimentar. Por meio da fotossíntese, são responsáveis pela liberação de grandes quantidades de gás oxigênio na atmosfera.



Protoctistas autótrofos pluricelulares 
As algas pluricelulares não apresentam uma categoria taxonômica, ou seja, um grupo de classificação. “Alga” é um termo mais amplo, que reúne organismos cujo corpo é chamado de talo. Eventualmente aplica-se a denominação genética de talófitas em referência às algas macroscópicas como um todo. Esses organismos são classificados em três filos: o das clorofíceas (algas verdes), o das feofíceas (algas pardas) e o das rodofíceas (algas vermelhas).
                                                                Alga parda


Alga verde

Alga vermelha

talo pode assumir formas variadas, desde simples filamentos a largas ou longas lâminas, ramificadas ou não, porém sem uma diferenciação em raízes caules e folhas, o que distingue as algas dos vegetais (Reino Plantae). Esses últimos, por sua vez, também são organismos pluricelulares autótrofos, porém estruturalmente mais complexos.





quinta-feira, 28 de março de 2013

Eubactérias


Esse grupo reúne a maioria das bactérias conhecidas e apresentam uma enorme variedade de formas e de metabolismo. São seres vivos minúsculos, extremamente resistente e com uma incrível capacidade reprodutora, pois, em condições ideais, algumas espécies podem se duplicar a cada 20 minutos. Ocorre no ar, no solo, na água, em materiais em decomposição, em objetos e no exterior e no interior de quase todos os seres vivos, estabelecendo com eles relações de diversos tipos, como o parasitismo e o mutualismo.



As células bacterianas são muito pequenas, da ordem de 1 µm (1 µm = 0,001 mm), apresentando-se isoladamente ou em colônias globosas e filamentares. Assim, embora possam ser visualizadas ao microscópio óptico, sua estrutura só pode ser bem estudada ao microscópio eletrônico, com milhares de vezes de aumento. A célula bacteriana é procariótica, pois o seu material genético não fica no interior de um núcleo, sendo representada por um único longo filamento de DNA em anel, localizado em uma região chamada nucleoide. Além disso, ela possui plasmídios, que são pequenos anéis de DNA dispersos no citoplasma, onde há também muitos ribossomos.


Na região média da célula pode haver uma espécie de prega filamentar da membrana plasmática, o mesossomo, que participa da separação do material genético (DNA) durante a reprodução por bipartição. A parede celular das eubactérias, mais externa em relação à membrana plasmática, é constituída por peptidioglicanas. Essa composição química a difere da parede celular das arqueobactérias e também daqueles encontradas nas células das plantas e dos fungos, que são constituídas, respectivamente, por celulose e quitina.

Além da parede celular, muitas espécies de eubactérias também apresentam uma membrana externa, constituída por uma mistura de polissacarídeos e fosfolipídeos. Algumas espécies possuem, ainda, outra camada revestindo a célula, a última camada é composta principalmente por polissacarídeos e tem funções variadas, como a proteção da célula e a aderência a um substrato. As diferenças na composição da parede das eubactérias, como a maior ou menor quantidade de peptidioglicanas e a presença ou não de um membrana externa, faz com que as eubactérias reajam de dois modos distintos a um método de coloração chamado método de Gram. Por meio desse procedimento, distinguem-se as bactérias Gram positivas, que se coram em violeta,e as bactérias Gram negativas, que adquirem a coloração vermelha. Essa distinção é de grande utilidade na Medicina, pois, no caso de infecção bacterianas, as diferenças na estrutura celular desses dois tipos de bactérias levam a condutas específicas de tratamento.

Arqueobactérias

Morfologicamente, as arqueobactérias diferem das eubactérias em alguns aspectos fundamentais. A maioria das espécies dos dois grupos apresentam uma parede celular. No entanto, sua constituição química é bastante variada. A parede das arqueobactérias pode ser composta por polissacarídeos, glicoproteínas ou proteínas. As eubactérias, por sua vez, têm na sua parede uma categoria de substâncias chamadas de peptideoglicanas. As arqueobactérias se diferenciam das eubactérias, portanto, por não apresentarem peptideoglicanas na sua parede.


Além disso, enquanto as eubactérias assumem muitos estilos de vida diferentes, pode-se afirmar que a maioria das arqueobactérias são autótrofos quimiossintetizantes (ou quimioautótrofas). Os cientistas reconhecem atualmente a existência de quatro tipos principais de arqueobactérias, de acordo com a forma de obtenção de energia e o ambiente em que são encontradas:


  1. as metanogênicas (produtoras de metano), que são anaeróbias e encontradas no sistema digestório de ruminantes – onde auxiliam na digestão da celulose -, além pântanos, nos sedimentos do fundo de lagoas de lagos e mares e próximo a fendas vulcânicas, suportando altas temperaturas;
  2. as halófilas (halo = sal; filo = afinidade), em sua maioria , aeróbias e fotossintetizantes, e que vivem em ambientes com alta concentração de sais e de PH extremamente alcalino. Muitas espécies desse grupo apresentam um pigmento fotossintetizante único, a bacteriorodopsina (ou rodopsina bacteriana);
  3. as sulforredultoras (ou seja, redutoras de sulfeto), que são anaeróbios e que podem ser encontradas, por exemplo, em poças próximas a fendas vulcânicas, tal como as arqueobactérias. Assim, também são capazes de suportar altas temperaturas.
  4. as termoacidófilas, que realizam a oxidação de compostos sulfurosos e que quase sempre são anaeróbias. Como as metanogênicas e as sulforredutoras, vivem nos arredores de fendas vulcânicas e estão adaptadas a altas temperaturas. Além disso mostram preferência por ambientes extremamente ácidos.

Pesquisadores criam capa da invisibilidade ultrafina


Tecnologia só foi testada com micro-ondas, mas cientistas acreditam que em breve poderão experimentar seus resultados no espectro da luz visível

As tecnologias de invisibilidade passaram por grandes avanços na última década. Mesmo assim, ainda estão longe do que é visto no cinema: os dispositivos ainda são volumosos, pouco flexíveis e em geral só funcionam para "esconder" formas geométricas — muito diferente da capa de invisibilidade da série Harry Potter, por exemplo.

Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, deram um passo importante ao apresentar um manto maleável, com a espessura aproximada de um fio de cabelo. A tecnologia só foi testada para micro-ondas, mas os pesquisadores acreditam que em breve poderão experimentar seus resultados no espectro da luz visível. Um estudo foi publicado na edição desta terça-feira da revista New Journal of Physics.


A capa desenvolvida pelos cientistas é feita a partir de fios de cobre afixados em um filme de policarbonato de apenas 100 micrômetros (o que equivale a um décimo de milímetro), arranjados em um formato de rede com fitas verticais e circulares. O manto foi usado para tornar um cilindro de 18 centímetros invisível a micro-ondas na frequência de 3,6 Gigahertz. Durante os testes, sensores instalados de todos os lados do cilindro foram incapazes de perceber sua existência.

Os pesquisadores preveem que a flexibilidade inerente ao formato do manto permita que ele seja usado para esconder um grande número de objetos de formatos assimétricos, ao contrário do que acontece com a grande maioria das tecnologias desenvolvidas até hoje

Invisibilidade – Os objetos são detectados conforme o reflexo das ondas — podem ser de luz, raios-x, micro-ondas ou até som — em sua superfície. Um objeto só é enxergado, por exemplo, quando os raios de luz visível são refletidos em direção aos olhos do observador.

Os estudos anteriores sobre dispositivos de invisibilidade se baseavam no desenvolvimento de materiais capazes de desviar os raios de luz ao redor de um objeto, impedindo sua reflexão. Assim, os pesquisadores criavam a ilusão de que ele não estava ali. Essa tecnologia, no entanto, ainda resulta em dispositivos grandes e poucos adaptáveis.

O novo método usa as ondas refletidas pelo próprio manto para anular as ondas refletidas pelo objeto coberto. "Os campos da capa e do objeto se cancelam, e o efeito geral é de transparência", diz Andrea Alu, autor do estudo.

Segundo os pesquisadores, as vantagens do manto em comparação às tecnologias mais antigas é justamente sua flexibilidade — ele pode ser usado em vários tipos de materiais sem precisar de grandes adaptações. Além disso, é de fácil fabricação e pode funcionar com diferentes tipos de onda.

A tecnologia foi primeiro testada em micro-ondas, raios invisíveis ao olho humano, usados em radares e nas telecomunicações. O próximo desafio é usar o manto para esconder um objeto no espectro da luz visível. É um desafio e tanto. O tamanho dos objetos que podem ser escondidos com esse método muda conforme o comprimento de onda. Por enquanto, os cientistas preveem que, trabalhando com luz visível, só poderão esconder objetos do tamanho de micrometros.



quarta-feira, 27 de março de 2013

Estudo mostra que indicadores utilizados em políticas de preservação da Amazônia são pouco eficazes


Cientistas não encontram relação entre o estado real de conservação e a previsão fornecida por ferramenta criada para assessorar investimentos
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no Brasil, estão questionando os indicadores utilizados atualmente para nortear a política de investimentos em áreas de preservação da Amazônia. Em um estudo publicado no periódico Environmental Research Letters, os autores mostram que não há uma associação significativa entre o estado de conservação de áreas e a previsão fornecida pela ferramenta Rapid Assessment and Prioritisation of Protected Area Management (Rappam).


Atualmente presente em mais de 50 países, o Rappam foi desenvolvido pelo World Wide Fund for Nature (WWF) que tem como objetivo ajudar a priorizar intervenções para melhorar o gerenciamento de áreas de preservação.  Ele funciona por meio de questionários enviados aos gestores das áreas preservadas, que devem avaliar 90 quesitos.

“Existem duas explicações possíveis para nossos resultados: ou o Rappam não mede corretamente os fatores ou o está medindo fatores que não são importantes para o sucesso da preservação das áreas”, explica Christoph Nolte, um dos autores do estudo.

Os pesquisadores analisaram 66 áreas de preservação na Amazônia brasileira e as compararam com uma parcela de floresta semelhante, fora da área de preservação. Utilizando imagens de satélites, eles calcularam os níveis de devastação em cada uma dessas áreas e, assim, estimaram a quantidade de devastação que cada uma teria sofrido se não fosse protegida.

Diante disso, os autores verificaram se as pontuações fornecidas pela ferramenta estavam relacionadas ao sucesso em evitar a devastação apresentado pelas diferentes regiões. Os resultados, porém, mostraram que não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre o desflorestamento evitado e os indicadores que, de acordo com o Rappam, tornam uma região alvo prioritário de investimentos de conservação, como orçamento, equipe e ferramentas.

Disputa por terra — O único indicador do Rappam que foi fortemente relacionado à capacidade de evitar a devastação ambiental foi a ausência de conflitos pela posse da terra. Quando não havia disputas pelo território, o sucesso da região em evitar o desmatamento era maior. Para os autores, isso significa que os conflitos pela posse da terra podem ser um fator tão importante que acabe tirando o impacto dos demais.

Fonte: veja.abril.com.br




Reino Animalia


Os animais (ou metazoários) são organismos eucariontes, pluricelulares, heterótrofos, que usualmente se desenvolvem a partir de uma massa multicelular denominada blástula. Esta, por sua vez, é originada a partir de um zigoto diploide, resultante da fertilização de um óvulo por um espermatozoide.

Nos animais adultos, a multicelularidade resulta em grande número de tipos celulares distintos. Essas células com diferentes formas e funções agrupam-se formando variados tipos de tecidos, e estes, por sua vez reúnem-se formando os órgãos. A adesão e a comunicação entre as células, garantidas pela existência de diferenciações da membrana plasmática (como os desmossomos, por exemplo), também são características marcantes nos organismos animais.



Os animais distribuem-se pelos mais variados ambientes: no mar ou na água doce, em águas rasas ou profundas; em terra firme, seja em ambientes úmidos ou extremamente secos; e até mesmo no aéreo.
Adotam muitos e variados estilos de vida, participando dos ecossistemas como consumidores de diversos tipos (herbívoros, carnívoros, parasitas, saprófagos etc.). São de tamanhos muito variados, desde as microscópicas larvas que constituem o zooplâncton até as gigantescas baleias que dele se alimentam.

Os taxonomistas reconhecem a existência de 30 a 40 filos no Reino Animal. Alguns dos animais agrupados nesses filos são bem conhecidos pela maioria das pessoas, enquanto outros não fazem parte do nosso dia a dia. Popularmente os animais são  divididos em dois grandes grupos os “invertebrados” (animais que não apresentam uma coluna vertebral) e os “vertebrados” (animais que, tal como nós, apresentam um esqueleto cujo eixo principal é formado por uma coluna constituída por vértebras ósseas ou cartilaginosas). Essa divisão não corresponde a uma classificação baseada em critérios efetivamente científicos, mas, ainda assim, a separação entre “vertebrados” e “invertebrados” pode facilitar o estudo dos animais e, em determinadas circunstâncias lançaremos mão dela.

Reino Plantae

O Reino Plantae é representado por mais de 300mil espécies, cuja história evolutiva foi marcada pela grande capacidade adaptativa na conquista gradual e extensa do meio terrestre. Nessa conquista do ambiente terrestre, as plantas desenvolveram estruturas e mecanismos especiais capazes de superar problemas como a perda de água para o ar. Algumas dessas adaptações garantem a ocorrência da fundação; nos grupos mais antigos, esse processo depende de água do meio ou de líquido secretados pelos órgãos femininos para possibilitar o encontro dos gametas. Nos grupos mais recentes, essa dependência de água para a fecundação é muito reduzida ou até mesmo ausente.




As plantas podem ser caracterizadas como organismos eucariontes, pluricelulares e autótrofos fotossintetizantes. Nelas, as clorofilas e outros pigmentos relacionados à fotossíntese se localizam no interior de plastos. A parede celular é de celulose e o amido é a principal substância de reserva, armazenado na forma de grãos insolúveis. O ciclo de vida das plantas é caracterizado por duas fases: uma diploide, em que a planta se reproduz por esporos (fase de esporófito); e outra haploide, na qual são produzidos gametas (fase de gametófito), sendo, portanto, sexuada. Há uma alternância obrigatória entre essas duas fases, e a meiose sempre ocorre na formação dos esporos (meiose espórica).

Da reprodução sexuada resulta um embrião, que originará o esporófito adulto. Esse embrião é alimentado e protegido no interior do gametófito (geração haploide). Por essa razão, as plantas também são denominadas embriófitas, em contraposição às algas pluricelulares, chamadas de talófitas, nas quais o zigoto se desenvolve em um talo de formas variadas.

Reino Protoctista


O Reino Protoctista, como já vimos, abriga organismos com estruturas e modos de vida bastante variados. Alguns são unicelulares, enquanto outros são pluricelulares; algumas espécies são autótrofas, outras, heterótrofas. A maioria das espécies descritas é de ambiente aquático, vivendo no mar ou na água doce; alguns habitam os fluidos corporais de outros organismos, em associação de mutualismo ou parasitismo.



Os protoctistas são seres eucariontes; suas células apresentam, portanto, um núcleo organizado, provido de carioteca, além de numerosas organelas. As espécies autótrofas têm em suas células plastos com pigmentos fotossintetizantes variados. A parede celular pode apresentar diferentes composições, podendo ser de celulose, pectina ou sílica. A locomoção é realizada por undulipódios (“flagelos” e “cílios”), com estruturas de microtúbulos.

O tipo de reprodução mais comum é a assexuada por bipartição, que pode ocorrer em diferentes planos do corpo celular. Há também a reprodução sexuada; nesse caso, os gametas se movem por pseudópodes ou por “flagelos”. Nas algas pluricelulares há ciclos vitais complexos, com reproduções sexuada (por gametas) e assexuada (por esporos). Para facilitar o estudo dos protoctistas, optamos por uma simplificação estrema, reunido seus filos em três categorias: os autótrofos unicelulares (algas simples, microscópicas), os autótrofos pluricelulares (algas macroscópicas) e os heterótrofos (protozoários já foram considerados animais, ideia esta ultrapassada, mas que persiste no nome do grupo (proto = primitivo; zoo = animal).

Reino Monera

O reino monera abriga exclusivamente organismos unicelulares procariontes. Nesse reino estão agrupados dois tipos distintos de organismos: as eubactérias (ou bactéria) e as arqueobactérias (ou archea). Estes grupos são geneticamente tão diferentes entre si, quanto cada um deles em relação aos eucariontes. Por causa disso, alguns cientistas acreditam ser mais adequado conferir o status de reino a cada um desses grupos de procariontes. Basta notar, poe exemplo, que seu DNA, da mesma forma que nos eucariontes, está associados a uma categoria de proteínas, as histonas.



Não priorizaremos, aqui, o status taxonômico desses organismos. Por conveniência, adotaremos a ideia de um único reino (Monera) subdividido em dois grupos: o das arqueobactérias e o das eubactérias. Os organismos do Reino Monera apresentam uma incrível diversidade, tanto em termos estruturais como filosóficos. Veja alguns exemplos dessa diversidade:

Fonte de energia: alguns moneras utilizam a energia solar; outros, ainda, obtêm energia oxidando substãncias inorgânicas, como sulfetos ou amônia.

Fontes de carbono e nitrogênio: determinadas bactérias obtêm carbono do gás carbônico; outras, do monóxido de carbono; outras, do metano ou, ainda, de algumas moléculas complexas, como açúcar, gorduras e proteínas ou ácidos nucleicos.

Embora todas as bactérias necessitem de água para seu metabolismo, há espécies que suportam sua ausência por longos períodos. Para isso, elas se transformam es esporos – formas de resistência -, que têm um metabolismo extremamente baixo.

Biólogos identificam duas novas espécies de lêmures


Animais endêmicos de Madagascar estão entre os menores primatas do mundo e os mais ameaçados de extinção.

Biólogos alemães identificaram nas florestas de Madagascar duas novas espécies de lêmures do gênero Microcebus, que reúne as menores espécies de primatas do mundo —  e também as mais ameaçadas de extinção. Os animais foram descritos, após análises genéticas e morfológicas, em uma pesquisa publicada nesta terça-feira na revista International Journal of Primatology.


Os lêmures foram descobertos durante visitas de campo realizadas por pesquisadores do Centro de Primatas da Alemanha à ilha de Madagascar entre 2003 e 2007. Segundo os biólogos, os animais são minúsculos, pesando menos de cem gramas. A espécie Microcebus tanosi tem a cabeça vermelha e pelos marrons e negros pelo corpo. Na barriga, seus pelos são castanhos e cinzas. Já o Microcebus marohita possui uma cauda longa e espessa e grandes patas traseiras.


Ameaça - Por causa do isolamento geográfico de Madagascar, todos os seus primatas, 90% de suas plantas e 80% de seus anfíbios e répteis são espécies endêmicas – ou seja, só são encontradas na ilha. Os lêmures, por exemplo, não existem fora dali. Na última década, com as pesquisas realizadas na região,  o número de espécies identificadas de lêmures mais que triplicou.

A floresta onde as duas novas espécies foram encontradas sofreu grande degradação na última década, fazendo com que a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) colocasse uma das novas espécies na lista das ameaçadas de extinção antes mesmo que ela tivesse sido formalmente descrita pelos pesquisadores. A situação de degradação na ilha é tão devastadora que um relatório publicado no ano passado pela entidade destacou que o lêmure mais raro do mundo, o lêmure-esportivo-do-norte (Lepilemur septentrionalis), não contava com mais de dezenove espécimes vivos.

Fonte:veja.abril.com.br