FLORESTAS TROPICAIS SÃO CAPAZES DE RESISTIR AO AQUECIMENTO GLOBAL

Uma nova pesquisa publicada neste domingo mostra que as florestas tropicais correm menos risco de perder sua cobertura vegetal como consequência do aquecimento global do que as previsões mais alarmistas mostravam.

NASA PLANEJA CAPTURAR ASTEROIDE E COLOCÁ-LO EM ÓRBITA DA LUA

A Nasa anunciou nesta quarta-feira o projeto de capturar um pequeno asteroide, colocá-lo em órbita da Lua e explorá-lo cientificamente.

CIENTISTAS DIZEM QUE UM COMETA, NÃO UM ASTEROIDE, CAUSOU A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS

Dupla de pesquisadores afirma que o corpo celeste que atingiu o planeta era menor e mais rápido que um asteróide

NO PASSADO, AQUECIMENTO GLOBAL AUMENTOU A BIODIVERSIDADE

Em grandes escalas de tempo, aumento da temperatura favorece mais o surgimento que a extinção de espécies, segundo cientistas britânicos.

VULCÕES EXTINGUIRAM METADE DAS ESPÉCIES DA TERRA HÁ 200 MILHÕES DE ANOS

Utilizando um novo processo de datação de rochas, pesquisadores americanos relacionaram com precisão um intenso período de erupção vulcânica à extinção de cerca de metade das espécies existentes...

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Prepare-se para uma longa terça-feira. Ela terá um segundo a mais

Com veículos e informações rápidas, o mundo parece girar mais veloz. Mas a Terra, que não costuma respeitar o ritmo da tecnologia, está rodando mais devagar. Por isso, nesta terça-feira, o dia será mais longo: terá 1 segundo extra. Com essa piscar de olhos, os relógios serão sincronizados com a rotação do planeta. Não é muita coisa, mas é um lembrete importante de que o tempo, esse que conhecemos e é marcado pelos relógios e celulares, não é mais que uma construção humana.


"A rotação da Terra está diminuindo gradualmente, e segundos a mais são uma forma de dar conta disso", afirmou Daniel MacMillan, astrônomo da Nasa, em comunicado da última sexta-feira.
Assim, o último minuto do mês de junho de 2015 vai durar 61 segundos, em vez dos 60 usuais. O fenômeno se explica pela rotação irregular da Terra, e não é novo: desde 1972 eles costumam surgir. O último aconteceu em 2012 e, antes, em 2008.

Isso acontece porque nossos relógios são ajustados de acordo com o Tempo Universal Coordenado (UTC, na sigla em inglês), base para todos os fusos horários. Esse tempo é dado por um sistema de relógios atômicos muito precisos, que calculam a duração de um segundo de acordo com mudanças bastante previsíveis de átomos de césio. É necessário mais de 1,4 milhão de anos para que o césio perca um segundo.

Nosso planeta, entretanto, não é tão bom com as horas. Na teoria, a Terra leva 86 400 segundos em uma rotação (é o número contido em 24 horas). Mas, na prática, a duração é de 86 400,002 segundos. Ou seja, ela está um pouquinho atrasada. Isso acontece por efeito da força de atração gravitacional entre a Lua e o Sol, responsável pelas marés. Também depende de movimentos atmosféricos, variações dos gelos e forças como os terremotos, que tornam o movimento de rotação um pouco mais lento.

Somados, todos esses milissegundos fariam com que os relógios ficassem em descompasso com o planeta. Por isso, os cientistas inserem esse segundo nos relógios com o objetivo de sincronizar a velocidade dos ponteiros com a da Terra.

Sincronia digital - Se, em um dia comum, um segundo pode não fazer muita diferença, para as máquinas, é fundamental. "Os grandes sistemas de navegação por satélite, os principais sistemas de sincronização de redes de computadores, devem levar em conta esta alteração. Se não, correm o risco de 'erros'", explicou Daniel Gambis, diretor do Serviço de Rotação da Terra (sim, tal instituição existe!), em Paris.


No início do ano, a Nasa e o Instituto Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), na França, alertou fabricantes e responsáveis pelos sistemas digitais a respeito da alteração. Ela não deverá causar panes ou grandes problemas nos sistemas. Afinal, com esse método, 26 preciosos segundos foram adicionados aos dias desde 1972.

fonte: veja.abril.com.br

domingo, 28 de junho de 2015

Foguete da Nasa explode


O foguete que transportava um cargueiro não tripulado da empresa SpaceX, que presta serviço à Nasa, explodiu na manhã deste domingo ao ser lançado de Cabo Canaveral, na Flórida, transportando suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS).A agência americana confirmou que "alguma coisa deu errado" e que está investigando as causas do acidente com o cargueiro Dragon.

Foi a terceira tentativa de levar suprimentos à ISS que não deu certo. Em abril,a nave não tripulada russa Progress chegou a entrar em órbita, mas se descontrolou e caiu, desintegrando-se na atmosfera. Em outubro do ano passado, o foguete que levara o Cugnus, da empresa Orbital, outra prestadora de serviço, também explodiu. A estação internacional tem no momento três astronautas a bordo que, segundo a Nasa, não correm risco, pois estão abastecidos de tudo o que necessitam até outubro.

sábado, 27 de junho de 2015

Aves aprendem a cantar da mesma forma que crianças

Em estudo publicado nesta semana no Cell Press, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, apresentaram provas de que pássaros aprendem canções da mesma maneira que crianças. Na teoria, os pequenos deveriam compreender, em primeiro lugar, o reconhecimento dos sons e, depois, descobririam como as categorias de fonemas se encaixam nas palavras. Mas não é bem assim que funciona: elas fazem tudo ao mesmo tempo. E começam a cantar no processo.


Para Timothy Gentner, professor do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia e autor do estudo, "este tipo de aprendizado em seres humanos é compartilhado com, no mínimo, aves cantoras. Quando pássaros reconhecem padrões de elementos da música, eles recebem um grande impulso em sua capacidade de categorizar esses componentes". Em outras palavras, começam a cantarolar.

Músicas de estorninhos, por exemplo, consistem em padrões de notas simples e curtas agrupadas em temas. Esses tópicos entram em uma das quatro categorias: apitos, gorjeios, chocalhos ou barulhos, e altas frequências.

A equipe de pesquisadores queria descobrir como esses padrões influenciam na capacidade das aves de categorizar sons. Foram treinados quatro estorninhos para diferenciar padrões auditivos AABB e BBAA de ABAB e BABA, nos quais A e B representam barulhos de gorjeio e chocalho. Além disso, os pesquisadores treinaram um segundo grupo da mesma forma, mas trocando os tipos de sons.

O grupo de especialistas descobriu que as aves que apresentaram padrões claros de sons tinham vantagem sobre o outro grupo na capacidade de classificar corretamente o que tinham ouvido. Os resultados mostraram que pássaros dependem de padrões da mesma maneira como os seres humanos.

"Nós ouvimos palavras, não sequências de sons da fala. Embora seja tentador pensar que esta é uma forma exclusivamente humana de perceber o mundo, não é", declarou Gentner. Para os pesquisadores, apesar de as aves não terem linguagem, elas podem ensinar muito sobre mecanismos biológicos e psicológicos de aprendizado de idiomas.


fonte;veja.abril.com.br

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Alguns corais já estão prontos para encarar o aquecimento global

Estudo divulgado hoje (25) na revista americana Science pode representar alívio para oceanógrafos e climatologistas. Uma equipe da Universidade do Texas, em parceria com a Universidade de Oregon, descobriu que alguns corais da espécie Acropora millepora, localizados em áreas quentes da Grande Barreira de Corais, na Austrália, já apresentam variações genéticas que os tornam resistentes a águas mais quentes.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores compararam os corais presentes em áreas mais quentes da Grande Barreira dos Corais, na Austrália, com outros situados em uma região quase 500 quilômetros ao sul. Eles acabaram descobrindo que larvas descendentes de corais do norte, cuja água é 2 graus mais quente, tinham dez vezes mais chance de sobreviver a maiores temperaturas, se comparadas às do sul.


Depois de identificar a diferença na resistência das duas, os pesquisadores analisaram o genoma das larvas e descobriram variações genéticas que estariam relacionadas a essa tolerância ao calor. Além disso, descobriram que mesmo quando os corais resistentes cruzam com os do sul, eles conseguem transmitir os genes resistentes.
Apesar de os pesquisadores terem focado o trabalho em apenas uma espécie, eles destacam que é grande a possibilidade de que outros corais tenham desenvolvido o mesmo mecanismo. "É muito provável que a variação genética será estruturada de forma similar em muitas, se não na maior parte, de espécies de corais que compartilham a mesma estratégia reprodutiva: liberar gametas na água uma vez por ano, que se dispersam em forma de larva. Mas isso ainda terá de ser confirmado", disse ao site de VEJA Mikhail Matz, professor de biologia da Universidade do Texas em Austin e um dos autores do estudo.
O artigo ainda aponta que o homem poderia ajudar na preservação dos corais justamente ao espalhar pelos oceanos os que já desenvolveram genes resistentes. Os mares do Caribe e do norte do Oceano Pacífico abrigam corais similares aos estudados que, portanto, poderiam se beneficiar da descoberta.

"Os corais não têm que esperar parar as mutações aparecerem. A larva do coral pode cruzar oceanos naturalmente, mas humanos também conseguem contribuir, realocando corais adultos para acelerar o processo", disse Matz. Ele destaca, porém, que um coral só poderia ser transferido para outro lugar dentro de seu habitat natural, o que quer dizer que um da Austrália que já tenha desenvolvido os genes não poderia ser levado para o Caribe, porque com ele possivelmente iriam doenças e outras ameaças à população nativa.
Os corais são conhecidos por serem os primeiros seres vivos a sofrerem com (e sinalizarem) os efeitos das mudanças climáticas. O aumento da temperatura das águas faz com que eles percam o tom alaranjado e comecem a ficar esbranquiçados. Isso acontece porque, com as altas temperaturas, os corais expelem as algas que vivem em seu tecido, tornando-se ainda mais vulneráveis.
O cientista Mikhail Matz deixa um recado para aqueles que encaram o artigo como uma solução para o aquecimento global: "Nossa descoberta de maneira nenhuma deve ser encarada como uma pílula mágica que resolverá o problema. Essa variação genética vai nos dar mais tempo, mas eventualmente esse prazo se esgotará quando as temperaturas esquentarem demasiadamente", disse. "Se quisermos salvar os corais, assim como o resto da biodiversidade do planeta, ainda precisamos desenvolver uma solução para frear de vez o aquecimento global", acrescenta.

fonte: veja.abril.com.br

sábado, 20 de junho de 2015

Crustacea

Os Crustacea incluem os siris, caranguejos, camarões, cracas, tatuzinhos de jardim, anfípodes, capépodes, cladóceros e outros grupos afins. Atualmente, são reconhecidas mais de 40.000 espécies de crustáceos. Há algumas formas muito pequenas, que vivem na terra, lagos, rios e mares. A grande maioria das espécies é de vida livre, porém ocorrem também espécies comensais e parasitas. Os crustáceos têm grande importância ecológica, pois muitas espécies são elos de várias cadeias alimentares.

A cutícula nos crustáceos édura, de onde vem o nome Crustacea (do latim crusta, crosta ou pele grossa, em português). Essa cutícula algumas vezes torna-se calcificada, como as conchas dos moluscos, devido à impregnação com carbonato de cálcio.


Os crustáceos tem o corpo segmentado e pernas articuladas e, portanto, claramente pertencem aos Arthropoda. Alguns fatores que devem ter sido importantes para a diversificação e o sucesso ao menos de alguns de seus subgrupos são o encurtamento do corpo, com redução ou perda de segmentos da região posterior, e o desenvolvimento da carapaça, facilitando a criação de correntes de água para a respiração e a alimentação. Enquanto os quelicerados e outros mandibulados (hexápodes e miriápodes) possuem uma estrutura do corpo mais ou menos padronizada, nos  crustáceos á uma grande variação. Essa plasticidade estrutural possibilitou a esses animais explorarem uma grande diversidade de ambientes e utilizarem-se de recursos alimentares dos mais diferentes. Podem nadar, escavar, rastejar, perfurar madeira, fixar-se em rochas, caçar, filtrar alimentos em suspensão ou de sedimentos e parasitar. Ocupa todos os ambientes marinhos, de água doce e alguns são terrestres, mas geralmente restritos a locais úmidos.

O corpo dos crustáceos apresenta em cada semento, assim  como vários outros grupos de artrópodes, uma placa dorsal ou tergo, uma ventral, esterno e lateralmente as pleuras. Cada segmento, exceto o primeiro, pode apresentar um par de apêndices, porém nem todos os segmentos no adulto são distintos.

Há uma grande diversidade e especialização nos apêndices. Nos crustáceos mais basais, os segmentos têm pares de apêndices semelhantes ao longo do corpo que atuam na natação, respiração, alimentação e como apêndices sensitivos. Nos grupos muito diferenciados, ocorre modificação desses apêndices para o desempenho de diversas funções mais especializadas. Os apêndices têm um padrão birreme composto por uma base, o protopodito, formado por dois artifícios: coxopodito (coxa) e basopodito (base). No basopodito, prendem-se dois ramos, um interno, o endopodito, e um externo, o exopodito, cada um com um ou mais artículos. O endopodito geralmente é formado por cinco artículos: ísquio, mero, carpo, própode e dáctilo.

Apresentam três pares de peças bucais primárias, que são um par de mandíbulas e dois pares de maxilas. No entanto, em muitos grupos pode ocorrer ainda um ou dois ou até três pares de peças bucais adicionais, os maxilípodes, que são apêndices torácicos incorporados à região bucal, que auxiliam na alimentação.

No cefalotórax não há segmentação externa, porém no trono a segmentação é evidente. Como característica supostamente sinapomórfica do grupo, ocorre a presença do olho naupliar, pelo menos em uma fase da vida, mas as larvas de trilobitos talvez tenham essa característica, o que a tornaria uma arqueomorfia em Crustácea. Algumas formas apresentam ocelos medianos na fase adulta e outras, olhos compostos laterais ou olhos pedunculados.


O trato digestivo é formado por um tubo simples que corre ao longo do corpo, da boca ao ânus. Alguns formas mais derivadas, como os caranguejos e siris, mostram uma complexidade maior na morfologia do aparelho digestivo, com diferenciações em uma região anterior ou estomodeo, de origem ectodérmica, que é constituído do esôfago e estômagos cardíaco e pilórico. O estômago cardíaco ou proventrículo tem a função de triturar e mastigar; o estômago pilórico é o local de absorção dos alimentos. Na região do estômago médio ou mesênteron, de origem mesodémica, abre-se a glândula digestiva, também conhecida como hepatopâncreas, que tem as funções de secreção enzimática, absorção e reserva. 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Como a formiga aguenta o calor do Saara?

Estudo mostra que um revestimento de pelos de prata ajuda a espécie a refletir a radiação e resfriar o corpo.

Em novo estudo, publicado nesta semana na revista Science, um grupo entomologistas dos Estados Unidos e da Suíça descobriu como as formigas do Saara suportam o calor do deserto: elas possuem um revestimento de pelos de prata que controla as ondas eletromagnéticas, melhorando a quantidade de radiação refletida e aperfeiçoando a capacidade de emissão de energia do corpo da formiga. Em outras palavras, a proteção mantém o corpo em boa temperatura.


A cataglyphis bombycina, conhecida como formiga prateada do Saara, pertecence a uma espécie dominante nas dunas de areia do norte da África. Seus ninhos são enormes e profundos, com múltiplas entradas distribuídas por vários metros. Trata-se de um dos animais terrestres que mais tolera altas temperaturas: o corpo atinge até 53,6 graus, sem males.

A equipe de cientistas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e do Instituto de Pesquisa Cerebral de Zurique, na Suíça, foi a primeira a descobrir que esse revestimento de pelos de prata da formiga, em formato triangular e transversal, não só melhora a reflexão da radiação, filtrando raios solares, como aperfeiçoa a capacidade de emissão de energia do corpo desse inseto. O efeito de resfriamento funciona sempre que as formigas estão expostas ao sol, reduzindo a sua temperatura corporal de cinco a dez graus.

"Para entender o efeito da radiação térmica, pense na sensação de frio quando você sai da cama de manhã. Metade da perda de energia nesse momento é devido à radiação térmica, pois a temperatura da pele está temporariamente muito maior do que a do meio ambiente", declarou o entomologista, e um dos autores do estudo, Nanfang Yu, da Universidade de Columbia.

Para os cientistas, o fato de as formigas prateadas conseguirem manipular ondas eletromagnéticas vai muito além do mundo animal. De acordo com eles, "esta solução biológica para um problema termorregulador pode levar ao desenvolvimento de revestimentos biomiméticos (ciência baseada no comportamento da natureza) para o resfriamento de objetos criados por nós".

fonte: veja.abril.com.br

Como nascem e morrem as estrelas?

O processo de nascimento de uma estrela é mais ou menos padrão, o que muda mesmo é a maneira como ela morre. Estrelas pequenas ou médias, como o nosso Sol, terminam a vida esfriando lentamente, enquanto astros maiores podem acabar seus dias como assustadores buracos negros! Aqui você confere como são os ciclos de vida estelar mais comuns. O curioso é que esses ciclos são fundamentais para a construção do Universo. Nas várias etapas da vida de uma estrela, surgem diferentes elementos químicos, como hélio, carbono e ferro, todos frutos da fusão nuclear - a grande fonte de energia desses astros.


Vida de astro

Uma estrela como o Sol pode ter seu diâmetro aumentado cem vezes antes de começar a apagar
1. Em geral, uma estrela nasce numa região conhecida como berçário estelar. Os berçários espalhados pelo Cosmo têm nuvens moleculares gigantes. Formadas por gás e poeira, tais nuvens chegam a ocupar uma área equivalente à de todo o sistema solar! Com a ação da gravidade, os gases e a poeira se juntam e a nuvem molecular começa a perder suas partes mais densas

2. Aos poucos, um pedaço desprendido que ganha ainda mais densidade e calor passa a girar em torno de si até virar um tipo de disco. A estrela nasce pra valer quando a temperatura e a densidade no disco ficam tão altas que seus átomos de hidrogênio se fundem, virando hélio. É o início da fusão nuclear. Tudo isso leva dezenas de milhões de anos

3. Com seu motor (a fusão nuclear) ligado, a estrela entra numa fase estável de "queima de combustível". Para estrelas pequenas ou médias, isso pode durar uns 10 bilhões de anos - é nesse estágio que o Sol está hoje. Já para astros maiores, a fase estável só dura milhões de anos. Quando o hidrogênio acaba, o combustível para a fusão passa a ser o hélio

4. Quando predomina a fusão do hélio, a estrela ganha energia extra e se expande, virando uma gigante vermelha - ou supergigante vermelha se era um astro com pelo menos oito vezes a massa do Sol. Após o crescimento, o destino da estrela segue por dois rumos diferentes, dependendo do tamanho dela

5a. Para uma estrela como o Sol, a fase gigante vermelha dura uns 2 bilhões de anos. Depois, o astro expulsa suas camadas externas, virando uma nebulosa planetária. No centro dela fica o "cadáver" do velho astro: uma estrela anã branca. Feita de carbono e oxigênio, ela termina seus dias esfriando por bilhões e bilhões de anos, mas sem se apagar totalmente

5b. Destino mais catastrófico têm as estrelas com mais massa que o Sol. Nelas a fusão nuclear continua, e o hélio vai virando elementos cada vez mais pesados, até chegar ao ferro. O núcleo fica então tão denso que não consegue mais suportar o próprio peso e desaba, liberando tanta energia que a estrela se despedaça. É o fenômeno conhecido como supernova

6a. A detonação de uma supernova pode criar uma estrela de nêutrons. Isso ocorre se o núcleo que entrou em colapso tiver menos do que três massas solares. Nesse caso, o que resta da supernova é uma crosta de ferro sólido, muito densa, debaixo da qual está uma "papa" formada por nêutrons, uma partícula atômica

6b. Mas ainda dá para ter um fim pior... Se o núcleo que originou a supernova tiver mais que três massas solares, o destino da estrela é se contrair até virar um ponto de gravidade pura, sem nenhum diâmetro. É o temido buraco negro, que teoricamente é tão denso que nem a luz consegue escapar da sua gravidade

Quando o Sol se for

Quando virar uma anã branca, estágio final de sua vida como estrela, o Sol deve ficar com um diâmetro parecido com o da Terra; ou seja, com aproximadamente um centésimo do diâmetro que tem hoje. Apesar de encolher muito no tamanho, o Sol ainda irá preservar quase 60% de sua massa original

Vermelha por quê?

Quando a estrela se expande, sua energia é distribuída por uma área maior e por isso o calor na superfície cai. Isso deixa a estrela com um tom mais avermelhado. Quando o Sol chegar lá, daqui a 4 bilhões ou 5 bilhões de anos, seu diâmetro aumentará cem vezes, o que dá para engolir a atual órbita da Terra!

fonte: mundoestranho.abril.com.br

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Insetos têm cérebros que diminuíram ao longo da evolução de espécies

Regiões cognitivas de insetos reduziram, enquanto nos animais vertebrados elas aumentaram.
A sociedade em que um indivíduo vive pode moldar a complexidade de seu cérebro. Um estudo publicado dia 16/06/2015, no veículo Proceedings of the Royal Society B., mostrou que, conforme o comportamento social evoluiu, as regiões do cérebro para o processamento cognitivo de alguns insetos diminuíram, oposto do que ocorre em vertebrados, animais com coluna vertebral e crânio, em que essas áreas cerebrais aumentam de acordo com a sociabilidade.



"Ao contar com companheiros de grupo, membros da colônia de insetos podem se dar ao luxo de fazer menos investimento cerebral individual. Isso é chamado de hipótese de cognição distribuída", disse Sean O'Donnell, entomologista e professor do Departamento de Ciência Ambiental da Universidade de Drexel, na Filadélfia.

Essencialmente, O'Donnell diz que os aspectos de cooperação ou de integração de colônias de insetos, como o compartilhamento de informações entre os companheiros do grupo, pode reduzir a necessidade de cognição individual, a aquisição pessoal de conhecimento. Em outras palavras, os insetos não se dedicam a ser mais inteligentes por si, visto que a inteligência coletiva é mais fundamental para a sobrevivência deles e da colônia. Com isso, em vez de desenvolver a própria mente, se dedicam a construir uma coletiva, capaz de executar, em conjunto, as tarefas mais complexas.

Já nos vertebrados, como seres humanos e cachorros, os ambientes sociais mais complexos geralmente exigem habilidades cognitivas individuais. Por isso, a evolução do cérebro segue via oposta.


Para analisar o cérebro dos pequenos insetos, os pesquisadores compararam as regiões cerebrais de 29 espécies de tamanhos variados, solitárias ou que vivem em colônias, de vespas da Costa Rica, do Equador e de Taiwan.


fonte: veja.abril.com.br

domingo, 14 de junho de 2015

Astrônomos encontram vidro em crateras de Marte

Estudo de cientistas americanos sugere que a substância pode trazer evidências de vida no passado do planeta.

A partir de imagens registradas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), cientistas identificaram vidro nas crateras de Marte, substância que pode ser mais uma a trazer evidências de vida no solo do planeta. De acordo com os astrônomos Kevin Cannon e Jack Mustard, da Universidade Brown, nos Estados Unidos, a substância foi formada por efeito de um impacto violento, como o de um asteroide. Um estudo anterior sobre um choque semelhante na América do Sul encontrou moléculas orgânicas no vidro formado dessa forma. Está aí o atalho para concluir que esse pode ser um indício de que há ou houve vida no planeta vizinho.


A análise, publicada na última semana no periódico científico Geology, descreve como as informações trazidas pela sonda lançada em 2005 para detectar a presença de água em Marte revelou a substância, não esperada na busca dos pesquisadores. Para achar o vidro, astrofísicos mediram o espectro da luz refletida na superfície de Marte, pois só assim identificam os minerais e tipos de rochas no local, remoto. No entanto, não sabiam ao certo o que seria o material que estava refletindo luz em cor verde. À época já havia a hipótese de que poderia ser vidro.

Para tirar a dúvida, Cannon misturou em laboratório vários tipos de poeiras, similares a composição das rochas de Marte, e as colocou em um forno para que formassem vidro. Para checar como o objeto reflete luz, ele mediu o sinal espectral, medida técnica que aponta justamente esse tipo de comportamento de substâncias químicas. Com um algoritmo, comparou os sinais do vidro em laboratório e os enviados pelo veículo da Nasa. Ambos são semelhantes, trazendo evidências da existência do material nas entranhas das crateras.

Vida no vidro - Um estudo, conduzido em 2014 pelo cientista Peter Schultz, também da Universidade Brown, foi a motivação fundamental para publicar a pesquisa. Schultz encontrou, na Argentina, moléculas orgânicas em fragmentos de vidro, formadas há milhões de anos em consequência do impacto de um asteroide. Por isso, a presença da substância pode ser pista para rastrear vida na superfície de um planeta.

fonte: veja.abril.com.br