Em muitas espécies de algas, particularmente naqueles que são unicelulares, é comum a
reprodução assexuada
por divisão binária simples. Isso quer dizer que, em certo momento, a
célula se divide por mitose, originando duas células-ilhas iguais a ela.
Já com relação à
reprodução sexuada, encontramos,
entre as algas, grande diversidade de estratégias reprodutivas. Muitas
espécies de algas apresentam um ciclo de vida
haplodiplobionte,
que também acontece em todos os vegetais. Nesse ciclo verifica-se o
fenômeno da alternância de gerações. Isso significa que um organismo
inicial pluricelular diploide produz, por meio de meiose, células
reprodutivas haploides, os esporos. Cada um deles então se desenvolve,
por meio de mitoses sucessivas, originando organismos pluricelulares
haploides, que, também por mitose, produzem outro tipo de células
reprodutivas, os
gametas. Com a fusão de dois gametas haploides é reconstituído o número diploide de cromossomos na célula resultante (o
zigoto), da qual se desenvolve (sempre por mitose sucessivas) um novo indivíduo diploide, dando, então, continuidade ao ciclo.
Alguns pontos importantes: nesse tipo de ciclo de vida a
meiose ocorre para a formação de
esporos
(meiose espórica). Isso é característico da maioria das algas e também
de todas as plantas, enquanto nos animais a meiose ocorre na formação de
gametas (meiose gamética). A diferença entre
esporos e
gametas
reside no fato de que um esporo é capaz de, sozinho, desenvolver-se e
dar origem a um novo organismo,enquanto um gameta é uma célula
reprodutiva destinada a fundir-se a um outro gameta, produzindo uma
célula diploide, o
zigoto, a partir da qual se desenvolve um novo organismo.
O organismo diploide, por ter o produtor de esporos, é chamado de
esporófito. Já os organismos haploides, produtores de gametas, são os
gametófitos. O gametófito feminino produz gametas denominados
oosferas,
e o gametófito masculino produz gametas chamados de anterozoides. A
vantagem da alternância de gerações é evidente: enquanto a produção de
milhares de esporos garante uma população numerosa, a reprodução sexuada
proporciona uma maior variabilidade genética a espécie.
Veja, a seguir, um exemplo de ciclo de vida haplodiplobionte, que ocorre em algas do gênero
Ulva (as alfaces-do-mar, clorofíceas comuns nas costas litorâneas brasileiras.
Em algumas espécies de algas filamentosas que vivem na água doce,
relacionadas às clorofíceas, ocorre uma reprodução sexuada por
conjugação. Nesse fenômeno, celulares de dois organismos distintos se
fundem: como as células desses filamentos são haploides, da fusão entre
elas surgem células diploides equivalentes a zigotos. Estes, por sua
vez, se dividem por meiose, e cada célula resultante se desenvolverá em
um novo filamento haploide. Tais espécies, como a
Spirogyra sp, são muito comuns em córregos e lagoas de água limpa.