A diversidade dos bicos das aves revela a adaptação à ingestão de uma
grande variedade de alimentos: desde vermes, larvas, insetos e moluscos
até os mais diferentes vertebrados, como peixes, rãs, cobras, lagartos,
sementes e néctar.
Uma vez ingerido, o alimento fica algum tempo armazenado num papo, onde é “amolecido”. Muitas aves, como as pombas, produzem um secreção – o leite do papo – rico em proteínas e lipídios, que é regurgitado para alimentar os filhotes recém-nascidos. Saindo do papo, o alimento passa para a proventrículo (estômago químico), onde se inicia a ação de enzimas digestivas. Em seguida, o alimento é triturado na moela, um grande estômago mecânico e de espessa parede muscular. Para isso a ave ingere com frequência pedrinhas e outros objetos duros, que aumenta o atrito com os pedaços de alimento, facilitando a trituração. Ao sair da moela, o alimento é uma espécie de farelo parcialmente digerido. Sua digestão se completa no intestino, com a ação da bile, do suco pancreático e das enzimas das glândulas intestinais. O intestino termina em uma grande cavidade cloacal. Por essa abertura passam, além das fezes, a excreção rica em ácido úrico e os gametas.
Os dois canais que saem dos rins do tipo metanefro desempenham diretamente na cloaca, pois não há uma bexiga urinária. Muitas aves marinhas, cujos alimentos têm grande concentração de sais, possuem glândula de sal, que, por meio de transporte ativo, excretam o excesso ingerido. Em pinguins, gaivotas e albatrozes, por exemplo, a eficiência dessas glândulas na eliminação de sal é várias vezes maior do que a dos rins.
MUITO OBGD! PESSOAS ME AJUDOU NO MEU TRABALHO
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