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segunda-feira, 25 de março de 2013
Terceiro maior pterossauro do mundo é descoberto no Brasil
Esqueleto apresentado no Museu Nacional, no Rio de Janeiro,
mede 8,26 metros
de envergadura e é o pterossauro gigante mais completo já encontrado
Paleontólogos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
apresentaram nesta quarta-feira o terceiro maior fóssil de um pterossauro já
encontrado no mundo. De asas abertas, o animal media 8,26 metros . O fóssil
foi descoberto na Bacia do Araripe, entre Ceará, Piauí e Pernambuco, e estará
exposto a partir desta sexta-feira no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no
Rio de Janeiro. A pesquisa que descreve o animal e outros dois fósseis
encontrados na região foi publicada na edição de março da revista Anais da
Academia Brasileira de Ciências.
A partir da análise da anatomia do esqueleto, os cientistas
identificaram os fósseis como pertencentes a um pterossauro da espécie
Tropeognathus mesembrinus, descoberta na década de 1980. Segundo os
paleontólogos, o fóssil é o mais completo esqueleto de um pterossauro gigante
já encontrada no mundo — os dois animais maiores que o exemplar brasileiro são
conhecidos por meio de apenas alguns ossos. “O esqueleto está 60% completo, com
partes significativas do crânio, da mandíbula, coluna e asas”, diz Alexander
Kellner, paleontólogo da Universidade Federal do Rio de Janeiro responsável
pela descoberta.
Os pesquisadores destacam que o estudo é importante por
estabelecer uma nova padronização para se medir o tamanho das asas desse tipo
de animal, o que costuma gerar discussões entre paleontólogos. Um dos métodos
propostos pelos cientistas — chamado de envergadura maximizada — leva em conta
o comprimento total de todos os ossos das asas. Segundo esse cálculo, o
pterossauro descoberto no Brasil media 8,7 metros . “Mas as asas
dos animais não costumam ser totalmente retas. Elas têm curvaturas naturais,
que variam de acordo com a espécie. No caso desse pterossauro, as curvas
deixavam suas asas 5% menores”, diz Alexander. Segundo a nova medida — chamado
envergadura normal — o animal media 8, 26 metros .
Mesmo que o novo cálculo diminua um pouco o tamanho do
animal, ainda se trata do maior pterossauro já encontrado no hemisfério sul do
planeta. “Ele é o maior exemplar que sabemos ter habitado Gondwana — o
supercontinente que juntava Antártida, América do Sul, África, Oceania e Índia
há milhões de anos”, diz Alexander.
Segundo os pesquisadores, a pesquisa é importante por
mostrar que os pterossauros gigantes já existiam há cerca de 110 milhões de
anos. “Até agora, só se conheciam evidências do final do Período Cretáceo, há
cerca de 70 milhões de anos. Esse fóssil mostra que eles são muito mais
antigos”, afirma o paleontólogo.
Bacia do Cariri – Os ossos descritos pelos pesquisadores
foram descobertos há cerca de 30 anos por habitantes da Bacia da Araripe, uma
região no Cariri extremamente rica em fósseis pré-históricos. A grande
quantidade de restos de pterossauros encontrados ali coloca a região entre as
mais importantes do mundo para a pesquisa desse tipo de animal. “O esqueleto
foi entregue ao Museu Nacional por habitantes da região há cerca de 10 anos, o
que fez com que perdêssemos informações importantes sobre as rochas onde ele
foi encontrado. Isso mostra a importância de que realizemos escavações
contínuas na região”, diz Alexander.
Fonte: veja.abril.com.br
Estudo confirma que meteorito causou extinção dos dinossauros
Na medição mais precisa feita até agora, pesquisadores
mostraram que o meteorito atingiu a Terra há 66.038.000 anos, pouco tempo antes
da extinção. Um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science pretende
pôr um ponto final na discussão sobre qual foi o evento que levou à extinção
dos dinossauros. Há pelo menos 30 anos, a comunidade científica discute se a
queda de um meteorito no México levou à grande extinção que aconteceu no final
do período Cretáceo (período entre 145 e 65,5 milhões de anos atrás), há cerca
de 66 milhões de anos, e causou o sumiço de todos os dinossauros não avianos
(os dinossauros avianos, os pássaros, estão bem vivos por aí até hoje). Os
novos dados obtidos pelos pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos
Estados Unidos, são os mais precisos até agora e mostram que o meteorito
atingiu a Terra há 66.038.000 anos, pouco antes da extinção. Segundo os
cientistas, essa coincidência entre a data dos dois eventos mostra que eles, de
fato, estão relacionados e que o impacto foi decisivo para a extinção em massa.
O primeiro pesquisador a propor que a queda de um meteorito
poderia ter levado à morte dos dinossauros foi Luis Alvarez, professor de
Ciência Planetária da Universidade de Berkeley, ainda em 1980. Dez anos depois,
cientistas descobriram a cratera Chicxulub no litoral mexicano. Com 177 quilômetros de
largura, ela foi apontada como o provável
local de queda do meteorito.
No entanto, uma série de estudos posteriores colocaram a
teoria em dúvida. Uma pesquisa apontou que o impacto teria acontecido 300.000
anos antes do desaparecimento repentino dos dinossauros. Outras pesquisas
mostravam o contrário: que o meteorito havia caído cerca de 180.000 anos depois
da extinção.
O estudo publicado nesta semana usou uma técnica de datação
de alta precisão, que mede as quantidades de argônio e potássio em amostras de
rochas para descobrir a idade do material. Os pesquisadores analisaram rochas
formadas no mesmo período em que a extinção aconteceu e outras formadas após a
queda do meteorito. Como resultado, descobriram que os eventos aconteceram em
períodos próximos, com uma distância temporal de, no máximo, 32.000 anos.
"Demonstramos que estes acontecimentos são muito próximos, razão pela qual
sabemos que o impacto teve um papel maior na extinção dos dinossauros",
diz Paul Renne, professor da Universidade de Berkeley e principal autor do
estudo.
Os cientistas afirmam que o meteorito foi a causa principal
da extinção, mas uma série de outros fatores podem ter colaborado para levar a
isso. Fortes erupções vulcânicas na Índia, por exemplo, causaram alterações
climáticas que teriam atingido todo o planeta. Longos períodos de frio intenso
teriam levado à exaustão um grande número de ecossistemas ao redor da Terra,
acostumados ao clima quente do período. Nesse caso, o impacto do meteorito
teria apenas dado o golpe final em uma população que já começava a desaparecer.
Fonte: veja.abril.com.br
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