FLORESTAS TROPICAIS SÃO CAPAZES DE RESISTIR AO AQUECIMENTO GLOBAL

Uma nova pesquisa publicada neste domingo mostra que as florestas tropicais correm menos risco de perder sua cobertura vegetal como consequência do aquecimento global do que as previsões mais alarmistas mostravam.

NASA PLANEJA CAPTURAR ASTEROIDE E COLOCÁ-LO EM ÓRBITA DA LUA

A Nasa anunciou nesta quarta-feira o projeto de capturar um pequeno asteroide, colocá-lo em órbita da Lua e explorá-lo cientificamente.

CIENTISTAS DIZEM QUE UM COMETA, NÃO UM ASTEROIDE, CAUSOU A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS

Dupla de pesquisadores afirma que o corpo celeste que atingiu o planeta era menor e mais rápido que um asteróide

NO PASSADO, AQUECIMENTO GLOBAL AUMENTOU A BIODIVERSIDADE

Em grandes escalas de tempo, aumento da temperatura favorece mais o surgimento que a extinção de espécies, segundo cientistas britânicos.

VULCÕES EXTINGUIRAM METADE DAS ESPÉCIES DA TERRA HÁ 200 MILHÕES DE ANOS

Utilizando um novo processo de datação de rochas, pesquisadores americanos relacionaram com precisão um intenso período de erupção vulcânica à extinção de cerca de metade das espécies existentes...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Astrônomos brasileiros descobrem a mais velha estrela gêmea do Sol

A estrela HIP 102152 tem idade estimada de 8,2 bilhões de anos, contra “apenas” 4,6 bilhões do Sol
Uma equipe internacional de astrônomos, liderada por brasileiros, anunciou nesta quarta-feira a descoberta da estrela gêmea do Sol mais velha conhecida até hoje.  Situada a 250 anos-luz da Terra, na constelação do Capricórnio, a estrela HIP 102152 tem idade estimada de 8,2 bilhões de anos – contra "apenas" 4,6 bilhões do Sol.


Gêmeas solares são estrelas que possuem massa, temperatura e composição química semelhantes às do Sol. Elas ajudam os pesquisadores a prever o que deve acontecer com a estrela nos próximos bilhões de anos ou, no caso das gêmeas mais novas, como ela tem se modificado ao longo do tempo.

A descoberta da primeira gêmea solar, denominada 18 Scorpii, ocorreu em 1997. Desde então astrônomos do mundo todo procuram por mais astros com as mesmas características. A nova estrela gêmea, além de ser a mais velha, é mais parecida com o Sol do que qualquer outra.

O estudo foi realizado com dados do Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), que fica no Deserto do Atacama, no Chile. Em mais de 40 noites de observação, os pesquisadores estudaram a composição química e outras características da estrela. O estudo que relata as descobertas da equipe foi divulgado nesta quarta-feira no site do periódico Astrophysical Journal Letters e sairá em sua versão impressa no próximo mês.

O mistério do lítio – O estudo já permitiu aos pesquisadores contribuir para a solução de um mistério de seis décadas. Por meio do estudo de meteoritos, os pesquisadores sabem que, durante sua formação, o Sol tinha uma quantidade de lítio muito maior do que a atual (estima-se que a quantidade existente agora corresponda a cerca de 1% da original). Gêmeas solares também têm quantidades maiores deste elemento. O que teria acontecido com o lítio presente no Sol?

Com a descoberta da HIP 102152, que tem em sua composição ainda menos lítio do que o Sol, os pesquisadores descobriram que há uma correlação entre a quantidade do elemento químico e a idade da estrela: conforme o astro envelhece, os processos que ocorrem em seu interior fazem com que a quantidade de lítio diminua.

Busca por planetas – As análises da nova gêmea mostraram ainda que, assim como o Sol, ela apresenta uma deficiência nos elementos refratários, aqueles que são capazes de suportar altas temperaturas e também são abundantes em meteoritos e em planetas rochosos, como a Terra. Os pesquisadores acreditam que esses elementos se encontram em menor quantidade no Sol exatamente porque foram incorporados aos planetas rochosos que fazem parte do Sistema Solar. O fato de a HIP 102152 apresentar as mesmas características indica que ela pode hospedar planetas desse tipo, apesar de nenhum deles ter sido encontrado até o momento orbitando a estrela.

Também não foi encontrado nenhum planeta gigante, como Júpiter, na zona habitável da estrela. Jorge Meléndez, pesquisador Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo e um dos autores do estudo, explica que esse fato reforça a possibilidade de que um planeta parecido com a Terra possa existir. Isso porque os equipamentos disponíveis atualmente não conseguem identificar planetas pequenos como a Terra, mas os planetas gigantes são mais facilmente encontrados. A existência de algum deles na zona habitável da estrela tornaria improvável a presença de um planeta rochoso, já que sua órbita seria desestabilizada pelo corpo celeste maior.

Fonte: veja.abril.com.br

domingo, 25 de agosto de 2013

Alucinação musical faz mulher escutar rádio dentro da cabeça

Em caso inédito na medicina, paciente idosa ouve músicas que não é capaz de reconhecer, mas são familiares para outras pessoas. Segundo médicos, caso traz à tona questões sobre o funcionamento da memória


Um acontecimento neurológico inédito, apresentado por uma paciente de 60 anos de idade, pode ampliar os conhecimentos atuais sobre mecanismos que envolvem a memória, o esquecimento, e o acesso a lembranças perdidas. O caso, relatado no periódico Frontiers in Neurology por neurologistas do Centro Médico da Universidade de Loyola, nos Estados Unidos, retrata a experiência de uma idosa que sofria com um tipo de alucinação musical que nunca tinha sido visto.

Certa noite, quando a paciente estava tentando dormir, as músicas começaram como se um rádio estivesse tocando em sua cabeça. Para tornar o caso ainda mais estranho, ela mesma não era capaz de reconhecer as canções que estava ouvindo, mas seu marido as reconheceu assim que ela começou a cantarolar, e afirmou que eram músicas populares. De acordo com os neurologistas, esse é o primeiro caso em que uma paciente tem uma alucinação musical com uma música que é familiar para outras pessoas de seu meio, mas não para ela mesma.

Quatro meses depois dessa noite, a mulher passou a ouvir músicas o tempo inteiro, todos os dias. Alucinação faz mulher escutar música desconhecida dentro da cabeçaO volume das canções não mudava, e ela podia ouvir uma mesma música tocar repetidamente por até três semanas, antes que outra faixa a substituísse. Mesmo enquanto sofria com a alucinação, a paciente era capaz de falar e ouvir o que os outros diziam, e mantinha conversas normais. Segundo os neurologistas, ela apresentou algumas melhoras nos sintomas após o uso de carbamazepina, uma droga utilizada no tratamento de doenças convulsivas, como a epilepsia.

Causas — A alucinação musical é um tipo de alucinação auditiva em que o indivíduo passa a ouvir músicas mesmo quando elas não estão tocando. A sensação costuma gerar desconforto entre os pacientes, que sabem que estão tendo alucinações.

Na maioria das vezes, o problema afeta pessoas mais velhas, e suas causas ainda são incertas. Apesar disso, diversas condições podem ser consideradas fatores de risco, como audição prejudicada, lesões cerebrais, epilepsia e intoxicações. No caso mencionado, a paciente apresentava um histórico de perda auditiva neurossensorial, um tipo de perda de audição causado por danos às células do ouvido interno. Apenas essa condição, porém, não seria capaz de originar a alucinação.

Atualmente, ainda não há cura para o problema. Contudo, os médicos amenizam os sintomas tentando remover suas potenciais causas, quando possível — como, por exemplo, removendo lesões ou tratando distúrbios psiquiátricos  — e receitando medicamentos aos pacientes.

Perguntas — Para os neurologistas da Universidade de Loyola, o caso traz à tona algumas perguntas intrigantes em relação à nossa capacidade de produzir e esquecer memórias.


Eles trabalham com a hipótese de que todas as músicas presentes nas alucinações da mulher estavam em uma área de seu cérebro a que ela tinha acesso apenas quando estava alucinando. No relato do caso, os neurologistas afirmam que essa hipótese suscita uma das principais perguntas: as informações esquecidas estão mesmo perdidas, ou são apenas inacessíveis para nós?

Fonte: veja.abril.com.br