FLORESTAS TROPICAIS SÃO CAPAZES DE RESISTIR AO AQUECIMENTO GLOBAL

Uma nova pesquisa publicada neste domingo mostra que as florestas tropicais correm menos risco de perder sua cobertura vegetal como consequência do aquecimento global do que as previsões mais alarmistas mostravam.

NASA PLANEJA CAPTURAR ASTEROIDE E COLOCÁ-LO EM ÓRBITA DA LUA

A Nasa anunciou nesta quarta-feira o projeto de capturar um pequeno asteroide, colocá-lo em órbita da Lua e explorá-lo cientificamente.

CIENTISTAS DIZEM QUE UM COMETA, NÃO UM ASTEROIDE, CAUSOU A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS

Dupla de pesquisadores afirma que o corpo celeste que atingiu o planeta era menor e mais rápido que um asteróide

NO PASSADO, AQUECIMENTO GLOBAL AUMENTOU A BIODIVERSIDADE

Em grandes escalas de tempo, aumento da temperatura favorece mais o surgimento que a extinção de espécies, segundo cientistas britânicos.

VULCÕES EXTINGUIRAM METADE DAS ESPÉCIES DA TERRA HÁ 200 MILHÕES DE ANOS

Utilizando um novo processo de datação de rochas, pesquisadores americanos relacionaram com precisão um intenso período de erupção vulcânica à extinção de cerca de metade das espécies existentes...

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Análise de mais de 220 000 galáxias distantes mostra que o espaço perdeu metade de seu brilho nos últimos 2 bilhões de anos

O Universo está morrendo lentamente. Mas o declínio é mais veloz do que o esperado pelos astrônomos, de acordo com uma ampla análise feita por uma equipe internacional de cientistas de mais de 30 universidades europeias, australianas e americanas. Divulgado na segunda-feira (10), o estudo traz as medições mais precisas de energia já realizadas até hoje em uma grande zona do espaço, com mais de 220 000 galáxias distantes. As conclusões revelam que, atualmente, elas produzem metade da energia que geravam há 2 bilhões de anos. Em termos cósmicos, isso significa um rápido "apagar das luzes" e as poucas estrelas que nascem não parecem ser capazes de substituir as antigas - o cosmo, assim, deixaria de brilhar aos poucos.



"O Universo se estirou no sofá, se cobriu com uma manta e se prepara para um sono eterno", afirma o astrônomo Simon Driver, membro do Centro Internacional de Pesquisas Radioastronômicas (ICRAR) da Austrália e um dos responsáveis pelo estudo.

Os cientistas sabiam que, após a intensa formação de estrelas do Universo, que surgiu há cerca de 13,8 bilhões de anos a partir do Big Bang, ele iria "envelhecer" e "morrer" gradualmente. No entanto, nenhuma pesquisa tinha ainda investigado com tantos detalhes a quantidade de luz emitida pelas galáxias e, com isso, avaliado a produção total de estrelas, um parâmetro que revela o grau de atividade do cosmos.

"O resultado mais surpreendente da nova análise é que muitas estrelas se apagaram nos últimos 2 bilhões de anos. É como se tivéssemos chegado à velhice mais rápido que o esperado", explica o astrônomo Amâncio Friaça, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).

Evolução do cosmo - A pesquisa é parte do projeto Gama (Galaxy and Mass Assembly), uma cooperação internacional que usa os sete dos telescópios mais potentes do mundo, como os do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, e os telescópios espaciais Galex e Wise, da Nasa, para estudar a formação e evolução das galáxias. As observações foram feitas durante oito anos e os instrumentos mediram diversas faixas do espectro eletromagnético (do infravermelho ao ultravioleta, além da luz visível).

Estrelas como o nosso Sol, formado há cerca de 4,5 bilhões de anos e, portanto, recentes, ainda levarão muitos bilhões de anos para chegar a esse "envelhecimento". De acordo com os especialistas, o estudo ajuda a compreender melhor as origens e períodos de existência das galáxias e do cosmo.
"Essa é uma análise que refinou muitas pesquisas anteriores. O próximo passo é compreender quais os fatores que estão influenciando nesse fenômeno. Será que a energia escura, uma força que preenche quase 70% do Universo tem algum papel nisso? Quem sabe os próximos experimentos poderão nos ajudar a responder essas questões e iluminar como será nosso futuro", diz Friaça.

fonte: veja.abril.com.br

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Pela primeira vez, astronautas comem alface cultivada no espaço

“Tem gosto de rúcula”, disse o astronauta Scott Kelly, que provou o vegetal na Estação Espacial Internacional (ISS). O alimento pode ajudar em futuras missões tripuladas para Marte.


Astronautas fizeram nesta segunda-feira (10) a primeira "degustação" de alimentos cultivados no espaço. De acordo com o americano Scott Kelly, o cardápio do almoço na Estação Espacial Internacional (ISS), composto apenas de alface romana, "é bom. Tem gosto de rúcula." O evento foi transmitido pela televisão da Nasa, por volta das 13h45 (horário de Brasília), que interrompeu sua cobertura de uma caminhada espacial russa para mostrar o episódio histórico.

O vegetal, cultivado por 33 dias na ISS, é parte de uma experiência da Nasa que vai ajudar missões tripuladas para outros planetas. "Se quisermos ir a Marte algum dia, precisaremos de uma nave que seja sustentável. A habilidade de cultivar o próprio alimento no espaço é um grande passo nessa direção", disse Kelly, após provar as folhas junto com outros dois astronautas.

"Há evidências de que os alimentos frescos, como tomates, mirtilos e alface vermelha são uma boa fonte de antioxidantes", indicou Ray Wheeler, cientista da Nasa no Centro Espacial Kennedy da Flórida. "Ter alimentos frescos como este disponível no espaço pode ter um impacto positivo no humor das pessoas e também pode fornecer proteção contra a radiação no espaço", acrescentou.
Alface espacial - O experimento, chamado Veg-01 (ou Veggie, apelido dado pelos astronautas), começou há três anos e pretende estudar o crescimento e a absorção de alimentos em ambiente de microgravidade, como a ISS. No ano passado, alguns pés de alface haviam sido cultivados no espaço, mas voltaram para a Terra para que fossem realizados testes de segurança.
A alface ingerida pelos astrônomos foi cultivada em uma caixa especial de crescimento e foi levada para o espaço a bordo da nave SpaceX Dragon. As sementes, armazenadas em travesseiros de enraizamento, foram ativadas por Kelly em 8 de julho. Antes de serem colhidas, as plantas cresceram em ambiente controlado, com luz especial.


Para comê-las, os astronautas limparam cuidadosamente as folhas com toalhas desinfetantes e podiam ingerir apenas a metade das folhas. As outras foram separadas e serão congeladas na estação até que possam ser enviadas à Terra para análises científicas.
A alimentação dos astronautas é uma das mais importantes questões para futuras missões tripuladas a planetas distantes, como a colonização de Marte. Se for possível cultivar o próprio alimento não será necessário enviar quilos de mantimentos dentro das naves ou mandar missões de abastecimento, como as que são periodicamente enviadas à ISS.
"Quanto mais longe forem as viagens dos humanos pelo espaço, maior será a necessidade de cultivar vegetais para alimentação, reciclagem da atmosfera e benefícios psicológicos", disse o cientista da Nasa Giola Massa, um dos responsáveis pelo Veg-01.
De acordo com os astrônomos, a textura e gosto da salada "de verdade" trazem a lembrança dos alimentos ingeridos na superfície, deixando os humanos no espaço mais conectados à Terra, além de nutridos.

fonte: veja.abril.com.br