Em 1881, Charles Darvin e seu filho Francis estava curiosos em relação ao crescimento das plantas, que se curvavam em direção a uma fonte de luz (fototropismo positivo). Trabalhando com plantinhas de alpiste, deixavam um grupo-controle exposto à luz (grupo A) e outro, de plantinhas com o ápice caulinar coberto com um capuz opaco, feito com lâmina de estanho (grupo B). Após algumas horas de exposição a uma fonte de luz lateral, observaram que as plantinhas do grupo A cresceram curvando-se em direção a luz. As do grupo B cresceram, mas não apresentavam curvatura, isto é, não mostravam fototropismo, que é o crescimento influenciado pelo estímulo luminoso.
Ao retirar os capuzes das plantinhas do grupo B, e mantê-las expostas à mesma fonte lateral de luz, elas mostravam a curvatura no crescimento. Os Darvin concluíram, então, que alguma "influencia" era transmitida do ápice caulinar para o restante da planta, promovendo a curvatura. Se o ápice não recebesse a luz, não exerceria "influencia".
Em 1926, o britânico holandês Fritz Went formulou a hipótese de que a "influencia" citada pelos Darvin correspondia a uma substância produzida no ápice caulinar e que migrava para baixo. Para testar essa hipótese, ele removeu o ápice caulinar de uma planta jovem e colocou sobre um pequeno bloco de gelatina. Com isso, esperava que tal substância migrasse do ápice para o bloco. Algum tempo depois, colocou o bloco na planta, no lugar de onde havia tirado o ápice. Em seguida, a planta foi deixada na ausência da luz por algum tempo.
Went observou, então, que a planta crescera normalmente, como se ainda possuísse o ápice caulinar. Somente em 1934, os químicos holandeses Kogl e Haagen-Smit, após muitos experimentos, descobriram qual era essa substância indutora do crescimento: o ácido indolilacético (AIA). Essa substância é a mais comum de uma série de outras que desempenham o papel de reguladores de vários processos fisiológicos das plantas. As substâncias com tais propriedades são conhecidas como fitormônios.
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