quarta-feira, 18 de outubro de 2017
O que acontece quando astronautas testam spinner no espaço?
07:15
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Já pensou o que aconteceria se alguém levasse um fidget
spinner (brinquedo de plástico que gira entre os dedos) para o espaço? Quatro
astronautas da Nasa resolveram tentar e mostrar o resultado em um vídeo,
divulgado esta semana por Randolph Bresnik, um dos membros da equipe. Eles
fizeram uma demonstração do brinquedo na Estação Espacial Internacional (ISS,
na sigla em inglês), que fica a 400 quilômetros da Terra.
Sem a influência da gravidade e com pouco atrito, até as
manobras comuns, como dar um impulso em uma das hélices da peça de plástico e
deixá-la rodando entre os dedos, se tornam mais eficientes no espaço – e
divertidas, pois é possível soltar o objeto e observá-lo flutuando pela cabine
espacial.
Os astronautas também aproveitaram para fazer alguns testes
das leis da física com o brinquedo e o resultado foi surpreendente. “Um fidget
spinner no espaço! Por quanto tempo isto gira? Eu não tenho certeza, mas é um
ótimo jeito de testar as leis de movimento de Newton”, escreveu Bresnik em sua
publicação.
Fonte: http://veja.abril.com.br/
sábado, 3 de outubro de 2015
Nasa prepara missão para desviar rota de asteroide
Para evitar que um asteroide caia sobre a Terra, cientistas
da Nasa e da ESA, as agências espaciais americana e europeia, anunciaram
detalhes de uma nova missão: desviar a rota um asteroide real como uma forma de
teste. O projeto foi revelado na quarta-feira no Congresso Europeu de Ciência
Planetária.
A missão, batizada de Aida (Avaliação de Impacto e Desvio de
Asteroide) já tem alvo: um sistema binário, que é composto por um asteroide
maior, o Didymos (possui 750 metros de comprimento) e outro que o orbita, o
Didymoon (tem 160 metros).
O plano geral da missão Aida é dividido em duas partes: a
Nasa irá enviar um sonda-projétil para colidir com o Didymoon, enquanto a ESA
irá cuidar da observação do acontecimento, por meio de outra sonda, posicionada
no local para registar e analisar as consequências do impacto. De acordo com os
cientistas, estima-se que os equipamentos sejam lançados a partir de 2020 para
atingir o asteroide em 2022.
Batizada de AIM (Missão de Impacto de Asteroide, na sigla em
inglês), a sonda europeia da ESA tem como objetivo mapear e compreender melhor
as características do Didymos e fazer dois tipos de lançamentos: pequenos
satélites e um módulo de aterrissagem no mesmo asteroide. Já a sonda da Nasa,
que pesa 300 quilos e é conhecida como Dart (Teste de Redirecionamento de
Asteroide Duplo), está destinada a colidir com Didymoon em 2022. De acordo com
os cientistas, o choque, com velocidade de 22.500 quilômetros por hora, irá
perfurar o asteroide para se alojar em seu núcleo.
Segundo os especialistas, o projeto, que ainda não teve o
orçamento divulgado, fará uma análise das alterações que a sonda pode fazer na
órbita de um asteroide. "Para proteger a Terra de impactos potencialmente
perigosos, precisamos entender melhor esses astros - de que são feitos, qual
sua estrutura, origens e como eles respondem às colisões. Aida será a primeira
missão para estudar um sistema binário de asteroides, assim como a primeira a testar
se podemos desviar esse astro através de um impacto com uma nave
espacial", disse Patrick Michel, cientista planetário da ESA e um dos
líderes da nova missão.
Impacto de um asteroide - Os asteroides são grandes corpos
rochosos que orbitam em torno do Sol, mas possuem uma massa bem menor em
comparação aos planetas. Por não terem uma forma definida, podem apresentar as
mais diversas aparências. Didymos é um desses astros que possuem luas, no caso,
a Didymoon.
Constantemente, os asteroides estão envolvidos em boatos
apocalípticos. No último mês de agosto, a Nasa divulgou um comunicado que
desmentia rumores de que um asteroide gigante iria se chocar com a Terra e
destruir grande parte das Américas, entre 15 e 28 de setembro.
fonte: veja.abril.com.br
sábado, 26 de setembro de 2015
Prepare-se para o incrível eclipse deste domingo
Um dos mais principais e mais belos eventos astronômicos do
ano acontece na noite deste domingo (27). A partir das 23h11, será possível
observar um eclipse total da Lua, quando ela fica totalmente encoberta pela
sombra da Terra, junto com uma Superlua, momento em que o satélite está o mais
próximo possível do planeta. Isso significa que, durante o eclipse, a Lua vai
parecer maior e mais brilhante, prometendo um incrível evento para a observação.
A coincidência entre os dois fenômenos é relativamente rara - a última foi em
1982 e a próxima irá acontecer novamente apenas em 2032.
Durante o eclipse total, a Lua irá adquirir uma coloração
avermelhada, o que lhe deu o apelido de "Lua de Sangue". A tonalidade
surge porque, no momento em que passa pela atmosfera terrestre, a radiação do
Sol é "filtrada" e ganha a cor vermelha. "Além disso, essa luz
também é 'espalhada' na atmosfera e jogada na Lua, que a reflete", explica
Rundsthen Nader, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e
astrônomo do Observatório do Valongo, na UFRJ. "É o mesmo fenômeno que
ocorre durante o pôr do Sol."
Além da coincidência entre o eclipse total e a Superlua,
este será também o último eclipse de uma tétrade, como é chamado o conjunto de
quatro eclipses totais da Lua que ocorrem em sequência durante dois anos. Esse
evento é especial porque eclipses normalmente se intercalam entre totais,
parciais (quando a Lua fica parcialmente encoberta pela parte mais escura da
sombra da Terra) e penumbrais (quando a parte mais clara da sombra da Terra
encobre a Lua). A tétrade é relativamente rara: no século XXI haverá apenas
oito delas. A que termina neste domingo será a segunda - a primeira ocorreu de
2003 para 2004, e a terceira será em 2032 e 2033.
Fases do eclipse - O Brasil estará em uma posição
privilegiada para observar o fenômeno, visível em todos os Estados. Este
eclipse poderá ser visto em toda a América do Sul, partes da América do Norte,
Europa, Ásia e África.
"Os brasileiros terão a visão ideal, pois durante o ápice
do fenômeno, a Lua estará bem alta, no meio do céu, sem qualquer obstáculo para
a observação", explica Cristóvão Jacques, do observatório Sonear (Southern
Southern Observatory for Near Earth Asteroids Research), em Minas Gerais.
A sombra da Terra começará a passar pela Lua às 21h12 do
domingo, em uma fase chamada penumbral, a porção mais clara da sombra e quase
imperceptível. A partir das 22h07, a Lua começa a penetrar a umbra, a parte
mais escura da sombra, e às 23h11 tem início a fase total - é nesse momento que
a coloração avermelhada começa a surgir e o halo ao redor da Lua passa a ser
visível. O auge do fenômeno será às 23h47, quando a Lua estará completamente
coberta pela sombra da Terra, etapa que será concluída 0h23. Após esse momento,
a Lua começa a deixar a sombra e, às 2h22 volta a aparecer clara e brilhante no
céu.
"Esse será um eclipse diferente dos últimos no país,
pois todas as fases serão bem visíveis. Normalmente, por causa da localização,
nem todas as etapas podem ser vistas", explica Jacques.
Para ver - De acordo com os astrônomos, a melhor observação
do fenômeno será feita a olho nu, sem a utilização de binóculos e telescópios.
Os equipamentos podem oferecer detalhes, como a movimentação da somba sobre a
Lua. "Ele poderá ser visto até mesmo das grandes cidades, mas um lugar
mais afastado da iluminação artificial é melhor", diz Gustavo Rojas,
astrofísico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
Como o fenômeno é de longa duração - a fase com aspecto
vermelho-alaranjado dura uma hora e doze minutos - os astrônomos sugerem um
local tranquilo e a utilização de cadeiras de praia ou espreguiçadeiras
confortáveis para facilitar a observação.
O céu claro, condição essencial para a visualização do
fenômeno, deve aparecer na maior parte do país. Nas regiões Sul, Sudeste,
Centro Oeste e Nordeste , o tempo deve seguir firme e seco, com algumas
pancadas de chuva em Santa Catarina, no Paraná, São Paulo, Sul de Minas Gerais
e do Rio de Janeiro. No Norte do país haverá algumas nuvens e previsão de
chuvas no Sudoeste do Amazonas e Acre.
fonte: veja.abril.com.br
sábado, 19 de setembro de 2015
Novo vírus gigante “volta à vida”
Um vírus gigante que permaneceu 30 000 anos dormente na
superfície gelada da Sibéria, voltou à vida em laboratórios franceses. Batizado
Mollivirus sibericum, o novo tipo de vírus tem 0,6 micrômetro de comprimento (1
micrômetro equivale à milésima parte do milímetro) e contém 650 000 genes. Ele
não oferece risco aos humanos, mas sua descoberta, publicada nesta
segunda-feira (7) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences
(PNAS), revela que vírus como esse podem permanecer contagiosos por milênios.
No futuro, devido às mudanças climáticas e à exploração de regiões árticas,
eles poderiam se tornar uma ameaça.
O novo vírus foi encontrado em uma camada do solo siberiano
chamada permafrost, formada por gelo, terra e rochas congeladas, a 30 metros da
superfície. Ele foi descoberto pela mesma equipe de cientistas do Centro
Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS, na sigla em francês) que, em 2014,
ressuscitou o Phitovirus sibericum, o maior vírus já visto pela ciência. Eles
voltaram à Sibéria, com o objetivo de descobrir mais detalhes sobre os vírus
gigantes que estão nessa camada e encontraram a nova espécie. Após
descongelado, o Mollivirus infectou amebas da família Acanthamoeba castellanii,
hospedeira de micro-organismos gigantes. Ele foi capaz de se reproduzir e
fazê-las morrer.
Mudanças climáticas - Vírus gigantes (para receber o nome de
"gigante" ele precisa ter mais de 0,5 micrômetro) como os vistos na
Sibéria infectam exclusivamente estruturas unicelulares, como a ameba, porque é
fácil entrar nelas. Elas se alimentam por um processo chamado fagocitose, que
engloba partículas - como o vírus gigante. A maior parte das células humanas e
de outras células animais têm processos de defesas mais sofisticados e, por
isso, os vírus que as afetam usam estratégias mais complexas de entrada. Essa é
a razão por que vírus como o da gripe são cerca de cem vezes menores que os
vírus gigantes e têm apenas uma dezena de genes (o da gripe tem 13 genes).
Uma das preocupações dos cientistas é a comprovação de que
vírus assim podem manter seu poder de contágio por muito mais tempo que o
esperado. Em vez de serem eliminados do planeta, eles permanecem inativos,
passando uma falsa sensação de segurança. A apreensão é por que, com as
mudanças climáticas, a camada do permafrost, que permanece congelada, está cada
vez mais fina e suscetível ao degelo - a cada ano, ela perde até 40
centímentos. Isso poderia "acordar" os vírus gigantes e outros
micro-organismos potencialmente perigosos que estão dormentes ali.
"Algumas partículas virais ainda infecciosas podem, em
presença de um hospedeiro favorável, serem suficientes para fazer ressurgir um
vírus potencialmente perigoso nas regiões árticas, cada vez mais exploradas por
seus recursos minerais e petrolíferos e cuja acessibilidade e exploração
industrial são facilitadas pelas mudanças climáticas", afirmaram os
autores em comunicado do CNRS.
Em entrevista à rede francesa France Info, Jean Michel
Claverie, professor de medicina na Universidade Aix - Marseille, na França, e
um dos autores da pesquisa, afirmou que é possível que os vírus gigantes sejam
uma ameaça futura - afinal, vírus são estruturas com alto potencial para
mutações. "O aquecimento torna acessíveis lugares até então inacessíveis
ao homem. E então, vírus que nunca haviam sido perturbados vêm à tona. Mas, se
pessoas colonizarem aquela região, é possível que façam ressurgir velhos
horrores do passado, inclusive doenças já erradicadas".
fonte: veja.abril.com.br
sábado, 12 de setembro de 2015
Novas (e incríveis) fotos revelam que Plutão tem a superfície mais complexa do Sistema Solar
Desde o rasante histórico sobre Plutão, em 14 de julho, a
sonda New Horizons vem trazendo informações inéditas e surpreendentes. A
revelação e análise de uma série de fotos feitas a 12.390 quilômetros de
altitude, o ponto mais próximo que a missão alcançou da superfície, mostrou aos
astrônomos o relevo mais complexo já visto no Sistema Solar. As novas imagens,
divulgadas nesta quinta-feira (10) indicam uma variedade tão grande de
diferentes aspectos da superfície do planeta anão que os cientistas ficaram
"atônitos e desconcertados", de acordo com a Nasa.
"Plutão está nos mostrando uma diversidade geográfica e
processos tão complexos que rivalizam com qualquer coisa que já vimos no
Sistema Solar", disse o astrônomo Alan Stern, líder da missão New Horizons
e cientista do Southest Research Institute, nos Estados Unidos (SwRI, na sigla
em inglês), no comunicado da Nasa. "Se um artista tivesse pintado esse
Plutão antes do rasante, eu provavelmente diria que ele exagerou - mas é
exatamente o que está lá."
As imagens foram recebidas no último fim de semana e trazem
uma excelente resolução de 400 metros por pixel. As fotos mostram dunas, fluxos
de gelo de nitrogênio (que parecem escorrer das montanhas para as planícies), e
vales que podem ter sido esculpidos por substâncias que flutuam pela
superfície. Há também amplas regiões com montanhas caoticamente reunidas,
resquícios de terrenos que irromperam de Europa, a Lua gelada de Júpiter.
Para os cientistas, o mais impressionante e difícil de
compreender é a formação das dunas. Há regiões escuras que, à primeira vista,
parecem desenhadas pelo vento, algo que os astrônomos imaginavam impossível
antes do rasante.
"Enxergar dunas em Plutão - e é exatamente o que vemos
- é completamente louco, porque sua atmosfera atual é muito fina. Ou ele teve
uma atmosfera mais espessa no passado, ou alguns processos que ainda não
compreendemos estão atuando ali. É um quebra-cabeça", disse o astrônomo
William McKinnon.
New Horizons - Após percorrer 4,8 bilhões de quilômetros,
desde que foi lançada pela Nasa, em janeiro de 2009, a sonda New Horizons
chegou a 12.390 quilômetros de Plutão para fazer fotos e recolher material de
sua atmosfera. As imagens já divulgadas pela agência espacial americana
mostraram coim riqueza de detalhes as cinco luas do planeta-anão (Charon, Styx,
Nix, Kerberos e Hydra), bem como a superfície e a atmosfera do corpo celeste,
envolvido por um brilhante halo branco. Os cientistas também descobriram que
Plutão, além de gelado, tem ao seu redor uma "neblina" que se estende
da superfície até 130 quilômetros de altura. São duas camadas, uma de 50
quilômetros de espessura e outra de 30 quilômetros.
Essa exploração de uma área desconhecida do Sistema Solar
busca trazer informações sobre Plutão e sua maior lua, Charon. Pequenos
planetas como Plutão são relíquias de mais de 4 bilhões de anos que podem
trazer dados reveladores sobre as origens do Sistema Solar.
Após a aproximação, a New Horizons continua sua viagem para
uma região do Sistema Solar conhecida como Cinturão de Kuiper, que se estende
de Netuno até depois do planeta-anão. Em Kuiper existem diversos planetas
anões, mas a área foi até hoje pouco explorada por missões espaciais. Essa
segunda etapa da viagem está prevista para o período entre 2016 e 2020.
fonte: veja.abril.com.br
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