sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Insetos surgiram há 480 milhões de anos, diz estudo

Os primeiros insetos voadores teriam se originado há 400 milhões de anos, quase 200 milhões de anos antes de os pterossauros desenvolverem a mesma habilidade.



Os primeiros insetos que habitaram o planeta surgiram há cerca de 480 milhões de anos, e 80 milhões de anos depois desenvolveram a habilidade de voar. A descoberta é de uma pesquisa publicada nesta sexta-feira na revista Science, na qual participaram mais de cem cientistas de dezesseis países.
“Nossa pesquisa mostra que os insetos se originaram ao mesmo tempo em que as primeiras plantas terrestres, há cerca de 480 milhões de anos”, disse o diretor da Coleção Nacional Australiana de Insetos da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), David Yeates, em comunicado da organização. “Os primeiros insetos provavelmente se pareciam com a atual traça”, disse o cientista. Essa data é 70 milhões de anos anterior ao fóssil de inseto mais antigo já encontrado.

Os pesquisadores analisaram 1 478 genes de 144 espécies, abrangendo todos os principais grupos de insetos. Segundo eles, os primeiros provavelmente evoluíram de um grupo de crustáceos venenosos denominado Remipedia. "Há 480 milhões de anos, os oceanos estavam cheios de vida, mas sobreviver fora da água era desafiador", descreve Karl Kjer, biólogo da Universidade Rutgers, em New Jersey, nos Estados Unidos, que também participou do estudo. "As plantas e os insetos evoluíram simultaneamente, um afetando o outro."
Alçando voo — Os primeiros insetos voadores teriam se desenvolvido há 400 milhões de anos. "Essa transformação, que ocorreu quando as plantas terrestres começaram a atingir altura, demonstrou a capacidade dos insetos de se adaptar rapidamente às mudanças ambientais", explicou Yates. Quase 200 milhões de anos se passariam até que os pterossauros desenvolvessem a capacidade de voar.

"Dois terços de todas as espécies animais são insetos", lembra Bernhard Misof, pesquisador do Museu Alexander Koenig de Pesquisa Zoológica, na Alemanha, um dos líderes do estudo. "Eles são partes importantes no ecossistema terrestre, junto com as plantas."

fonte: veja.abril.com.br

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