segunda-feira, 2 de março de 2015
Branco ou azul? A ciência explica a confusão causada pela cor do vestido
07:31
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A falta de referências de cor próximas e de informações
sobre o tipo de luz na foto permitem que o cérebro interprete a cena de jeitos
distintos.
A foto de um vestido circulou nas redes sociais na noite
desta quinta-feira provocando controvérsia: algumas pessoas o enxergam azul com
rendas pretas enquanto outras juram que a peça é branca com rendas douradas.
Quem postou a foto na internet foi a cantora escocesa
Caitlin McNeill, alegando que ela e seus amigos não concordavam sobre a cor da
peça. A imagem se espalhou pelas redes sociais e o debate ganhou o mundo. Uma
pesquisa feita pelo site Buzzfeed, respondida por 2,5 milhões de pessoas,
mostrou que 70% delas viam o vestido branco e dourado. Estavam enganadas.
Caitlin revelou que o vestido é azul e preto.
Uma das primeiras hipóteses levantadas para explicar o
fenômeno foi a diferença das telas de celulares e computadores nas quais as
pessoas viam a imagem. Esta teoria foi rapidamente derrubada, porque pessoas
olhando a foto no mesmo aparelho ainda discordavam sobre a cor do vestido.
A ilusão é um efeito provocado pelo mecanismo do nosso
cérebro que faz com que a gente enxergue as cores de forma constante.
Denominado constância da cor, o fenômeno permite que a gente saiba que, em um
local escuro ou sob intensa luz solar, os objetos têm as mesmas cores, ainda
que aparentem estar diferentes.
Olhos - Nossos olhos possuem três tipos de cones, células
com capacidade de reconhecer cor: um para o azul, outro para o verde e o último
para o vermelho. Quando a luz refletida por algum objeto chega a essas células,
cada cone registra a intensidade da sua cor naquela luz. Ao serem ativadas as
regiões que reconhecem azul e vermelho, por exemplo, o cérebro calcula que o
objeto tem um tom de magenta.
"Se um objeto está sendo iluminado pelo Sol, uma cor
vem para os sensores do olho, mas se o mesmo objeto for iluminado por uma
lâmpada fluorescente, essa cor já fica diferente", explica Maria José
Santos Pompeu Brasil, pesquisadora do departamento de física de matéria
condensada do Instituto de Física da Unicamp. Como o cérebro está acostumado
com as mudanças de fontes luminosas no cotidiano, ele trabalha para equilibrar
esse efeito.
No entanto, em uma situação em que a fonte que ilumina o
objeto não está explícita e faltam referências de cor ao seu redor, cada um
pode interpretar a imagem como quiser e, inconscientemente, obter resultados
distintos. "A foto do vestido não tem boa informação de luminosidade, nem
outros objetos próximos que deem uma referência de sua cor", afirma a
pesquisadora. "Assim, nosso cérebro define qual fonte luminosa ele acha
que é, mas sem boas dicas cada pessoa pode tirar conclusões diferentes."
Maria explica que, em geral, ilusões de ótica são feitas
para enganar todas as pessoas igualmente. Neste caso, algumas pessoas veem a
cor verdadeira do vestido e outras não. "Por isso a imagem é
surpreendente", diz.
fonte: veja.abril.com.br
Arachnida
05:15
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Os
aracnídeos são representados pelas aranhas, escorpiões, opiliões e ácaros,
entre outros grupos menos conhecidos. Apresentam o corpo bem característico,
dividido em prossoma e opistossoma, quatro pares de pernas
locomotoras e um par de pedipalpos, além do par de quelíceras é a apomorfia que
justifica a inserção dos aracnídeos nos Chelicerata.
Os Arachnida
são bem diversificados, ocupando vários nichos de ambientes terrestres em todas
as regiões geográficas, exceto os pólos. Encontram-se aracnídeos em árvores, em
troncos caídos, sob rochas, em regiões desérticas, semi-áridas e locais úmidos,
sendo que algumas aranhas e ácaros se adaptam a uma vida aquática, vivendo, por
exemplo, sob a água em bolhas de ar. Existem espécies ectoparasitas de animais
e plantas, e espécies de vida livre.
As relações
entre os grupos de aracnídeos não está bem definida, porém se sabe que os
escorpiões apresentam um número considerável de plesiomorfias, tais como segmentação
nos tagmas e pulmões foliáceos. As quelíceras com quela também podem ser
consideradas uma plesiomorfia.
fonte: livro
Invertebrados: Manual de Aulas Práticas
Cibele S.
Ribeiro-Costa, Rosana Moreira da Rocha
Acarina
05:13
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É o grupo
mis diversificado dos quelicerados, não apenas em comportamento e ambientes de
vida, como também na forma estrutural do corpo. Ácaros e carrapatos ocorrem em
todas as latitudes. Podem ser de vida livre, terrestre ou aquática, sendo a
maioria de água doce. Os terrestres vivem no solo, em folhiço ou em material em
decomposição.
Os parasitas
podem ter como hospedeiro tanto banimais como vegetais, alguns sendo vetores de
doenças.
O sucesso
desse grupo está relacionado com o tamanho reduzido do corpo, que facilita a
adaptação a vários ambientes a que outros aracnídeos não tiveram acesso. A
maioria das espécies apresenta poucos milímetros, mas alguns carrapatos podem
atingir 3 cm de comprimento. Algumas características apomórficas do grupo são a
perda da segmentação e a fusão dos dois tagmas principais do corpo, prossoma e
opistossoma. Nos grupos em que ocorre segmentação, esta é secundaria. A
terminologia utilizada para a descrição da divisão do corpo de Acarina difere
daquela utilizada nos outros grupos de quelicerados e não existe uma uniformidade
entre os autores. Optou-se pela terminologia que descreve a presença de dois
tagmas: o gnatossoma, tagma anterior
que contém as quelíceras e pedipalpos, e o idiossoma,
tagma posterior que contém os outros apêndices locomotores.
A reprodução
de Acarina envolve cópula realizada por meio de um pênis. Nos grupos parasitas,
após a cópula, a fêmea cai no solo e deposita seus ovos. Durante o
desenvolvimento, ocorre um estágio ninfal, com três pares de pernas.
fonte: livro
Invertebrados: Manual de Aulas Práticas
Cibele S.
Ribeiro-Costa, Rosana Moreira da Rocha
Chelicerata
Os
Chelicerata compreendem as aranhas, escorpiões, ácaros, escorpiões-vinagre e
aranhas-do-mar, entre outros, os quais são incluídos nos táxons Arachnida,
Xyphosura e Pycnogonida. O extenso registro fossilífero dos quelicerados mostra
que a origem desse grupo deu-se no Pré-Cambriano, em ambientes marinhos.
Atualmente, apenas Xyphosura e Pycnogonida apresentam representantes marinhos
e, entre os Arachnida, apenas alguns ácaros e aranhas invadiram secundariamente
o ambiente aquático, como uma adaptação secundaria. Chelicerata é o segundo
maior grupo de invertebrados terrestres, com cerca de 65.000 espécies
conhecidas, perdendo apenas para os insetos.
Os
Chelicerata formam um grupo monofilético dentro de Arthropoda, tendo como principal
sinapormorfia a presença de quelíceras. Pycnogonida, as aranhas-do-mar, apesar
de apesentarem uma probóscide, pernas ovígeras e opistossoma reduzido, deve ser
o grupo-irmão de Xyphosura + Arachnida. Os Merostomata, que tradicionalmente
reuniam Xyphosura (os límulus) e Eurypterida (escorpiões-marinhos, já extintos)
não deve formar um grupo monofilético, uma vez que os Eurypterida –um grupo
extinto de água doce- estariam mais relacionados com os Arachnida que com os
Xyphosura.
Como todos
os artrópodes, os quelicerados apresentam um exoesqueleto quitinoso e apêndices articulados, porém apresentam
características únicas, como a divisão do corpo em prossoma e opistossoma.
O primeiro é formado pela fusão do céfalon original de Ecdysozoa e alguns
outros segmentos, apresentando seis pares de apêndices. O primeiro par de
apêndices recebe o nome de quelíceras,
têm um número reduzido de artículos, com forma de garra ou quela e são
homólogas às antenas dos insetos ou as antenas anteriores dos crustáceos. O
segundo par de apêndices, os pedipalpos
têm origem no terceiro segmento. Os quatro pares de apêndices restantes são as pernas locomotoras, correspondendo ao
quarto, quinto, sexto e sétimo segmento.
A conquista
do meio terrestre está associada a diversas modificações nos sistemas
respiratório, excretor, no mecanismo de contenção de água, na locomoção e nas
estratégias alimentares. Com relação à respiração, os quelicerados passaram de
uma respiração branquial (já que o ancestral era marinho) para uma respiração
aérea. Os pulmões foliáceos são uma
modificação das brânquias foliáceas,
encontradas nos Xiphosura. Quelicerados mais derivados apresentam também um sistema traqueal análogo (mas não
homólogo) ao dos insetos.
Com relação
à excreção, originalmente de amônia nos ambientes aquáticos, passa a ser de
guanina, xantina e ácido úrico, este último característico de animais de
hábitos terrestres. A excreção nos quelicerados terrestres dá-se por meio das glândulas coxais e túbulos de Malpighi. As glândulas coxais são homólogas aos
metanefrídios, presentes também em onicóforos e tardígrados. Os túbulos de
Malpighi em aracnídeos são, mais uma vez, análogos mas não homólogos às
estruturas com esse mesmo nome nos Tracheata.
Para evitar
a perda d’água pela parede do corpo, há uma cerificação do exoesqueleto. O
mecanismo de locomoção, que no ancestral era natatório, no ambiente terrestre
passou a ser ambulatorial, com músculos fortes para impulsionar o corpo e
deixa-lo pouco acima do solo, o que permitiu deslocamentos rápidos.
As
estratégias alimentares também sofreram alterações. A maioria dos quelicerados
regurgita enzimas digestivas, apresentando digestão inicial externa, seguida de
ingestão de suco alimentar formado pelo alimento pré-digerido. Tanto as
quelíceras como os pedipalpos estão modificados para capturar e, em alguns,
para dilacerar suas presas.
Os ácaros
formam o grupo que sofreu mais alterações na estrutura corporal, possibilitando
novas formas de alimentação. Nesse grupo, o conjunto das quelíceras e
pedipalpos forma um cone bucal adaptado para picar e sugar e, assim, esses
quelicerados são os únicos que apresentam herbivoria e hematofagia. Os
herbívoros alimentam-se de sucos vegetais, perfurando o tecido e sugando seiva
ou parênquima e os hematófagos são ectoparasitas, perfurando o tecido do corpo
e sugando o sangue de seus hospedeiros. O demais quelicerados, inclusive
Pycnogonida, são predadores.
fonte: livro
Invertebrados: Manual de Aulas Práticas
Cibele S.
Ribeiro-Costa, Rosana Moreira da Rocha
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