Missão vai tentar desvendar brilho nos crepúsculos lunares,
fenômeno descrito por astronautas que estiveram na Lua como semelhante à aurora
boreal
A Nasa lançou na madrugada deste sábado, a partir da Ilha de
Wallops, no litoral do estado da Virgínia, a cápsula robótica que orbitará a
Lua para tentar resolver um mistério de cinco décadas: os crepúsculos lunares.
A sonda chamada Explorador de Atmosfera e Poeira Lunar (Ladee, na sigla em
inglês) tem o tamanho de um automóvel compacto e pesa 383 quilos.
O foguete carregando a cápsula partiu, segundo o programado,
à 0h27 deste sábado (em Brasília) da instalação da Nasa onde funciona o Centro
Espacial de Wallops, localizado a 270 quilômetros da
capital americana. Criado em 1945, ele tem sido usado para lançar pequenas naves
suborbitais e balões científicos.
Aurora boreal – Na última expedição tripulada até a Lua, a
Apollo 17, os astronautas relataram ter visto um brilho no horizonte lunar logo
antes do nascer do Sol, semelhante à aurora boreal. O fenômeno, esboçado em seu
caderno por Eugene Cernan, comandante da missão, surpreendeu os cientistas, já
que a lua não tem uma atmosfera suficiente espessa o suficiente para refletir a
luz do Sol dessa maneira.
A nova missão, estimada em 280 milhões de dólares, vai durar
aproximadamente um mês. Quando entrar na órbita lunar, o Ladee vai testar a
teoria elaborada pelos cientistas segundo a qual o misterioso fenômeno é efeito
da poeira lunar, eletricamente carregada, em suspensão.
a sonda vai investigar ainda o entorno gasoso da Lua,
denominado exosfera (fino demais para ser considerado uma atmosfera). De acordo
com os especialistas encarregados da missão, os dados podem ajudar na pesquisa
de outros corpos do Sistema Solar, como o planeta Mercúrio e asteroides.
"Por meio das sondas de reconhecimento, descobrimos que
a Lua continua evoluindo e que, de fato, tem uma espécie de atmosfera",
disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa e encarregado de missões
científicas. Para ele, esta missão "poderia ajudar a entender melhor a
diversidade do nosso Sistema Solar e sua evolução".
Fonte: veja.abril.com.br
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