Denominado Tamu Massif, o vulcão tem a área do estado do Rio
Grande do Sul e está entre os maiores do Sistema Solar
Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu o maior
vulcão já encontrado na Terra. Submerso no Oceano Pacífico, o Tamu Massif tem
tamanho comparável aos vulcões gigantes de Marte, o que o coloca também entre
os maiores do Sistema Solar — o Olympus Mons, um vulcão gigante de Marte
considerado o maior do Sistema Solar, é apenas 25% maior do que o Tamu Massif.
O vulcão está localizado a cerca de 1.600 quilômetros
a leste do Japão e ocupa uma área de aproximadamente 300.000 quilômetros
quadrados — maior do que o estado do Rio Grande do Sul.
William Sager, professor do Departamento de Ciências
Atmosféricas e da Terra da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, começou
a estudar o vulcão vinte anos atrás. Até agora, não estava claro para os
pesquisadores se o Tamu Massif era um vulcão único ou se era formado por
diversos pontos de erupção.
No novo estudo, publicado nesta quinta-feira no periódico
Nature Geoscience, os autores analisaram amostras do vulcão colhidas pelo navio
de pesquisa Joides Resolution, parte do Ocean Drilling Program (Programa de
Perfuração Oceânica), uma iniciativa internacional de exploração e estudo da
composição e estrutura do solo oceânico. A partir dessas amostras, eles
concluíram que o vulcão entrou em erupção a partir de um único ponto, perto do
centro, o que permite que ele seja considerado o maior vulcão individual do
planeta.
Além do tamanho, o Tamu Massif também se destaca por seu
formato: é um vulcão-escudo, nome dado aos vulcões que têm forma de uma larga
montanha, com o perfil de um escudo. Ele é relativamente baixo e amplo, o que
indica que a lava expelida deve ter percorrido longas distâncias antes de
resfriar, diferentemente da maioria dos vulcões, que costumam ser pequenos e verticais.
De acordo com o pesquisador, a idade estimada do vulcão é de
145 milhões de anos. Acredita-se que ele tenha se tornado inativo alguns
milhões de anos depois de sua formação. “Podem existir vulcões maiores, porque
existem formações ígneas maiores no mundo, mas não sabemos se essas formações
são um vulcão único ou um complexo de vulcões”, explica o pesquisador.
Fonte: veja.abril.com.br
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