segunda-feira, 29 de junho de 2015
Prepare-se para uma longa terça-feira. Ela terá um segundo a mais
Com veículos e informações rápidas, o mundo parece girar
mais veloz. Mas a Terra, que não costuma respeitar o ritmo da tecnologia, está
rodando mais devagar. Por isso, nesta terça-feira, o dia será mais longo: terá
1 segundo extra. Com essa piscar de olhos, os relógios serão sincronizados com
a rotação do planeta. Não é muita coisa, mas é um lembrete importante de que o
tempo, esse que conhecemos e é marcado pelos relógios e celulares, não é mais
que uma construção humana.
"A rotação da Terra está diminuindo gradualmente, e
segundos a mais são uma forma de dar conta disso", afirmou Daniel
MacMillan, astrônomo da Nasa, em comunicado da última sexta-feira.
Assim, o último minuto do mês de junho de 2015 vai durar 61
segundos, em vez dos 60 usuais. O fenômeno se explica pela rotação irregular da
Terra, e não é novo: desde 1972 eles costumam surgir. O último aconteceu em
2012 e, antes, em 2008.
Isso acontece porque nossos relógios são ajustados de acordo
com o Tempo Universal Coordenado (UTC, na sigla em inglês), base para todos os
fusos horários. Esse tempo é dado por um sistema de relógios atômicos muito
precisos, que calculam a duração de um segundo de acordo com mudanças bastante
previsíveis de átomos de césio. É necessário mais de 1,4 milhão de anos para
que o césio perca um segundo.
Nosso planeta, entretanto, não é tão bom com as horas. Na
teoria, a Terra leva 86 400 segundos em uma rotação (é o número contido em 24
horas). Mas, na prática, a duração é de 86 400,002 segundos. Ou seja, ela está
um pouquinho atrasada. Isso acontece por efeito da força de atração
gravitacional entre a Lua e o Sol, responsável pelas marés. Também depende de
movimentos atmosféricos, variações dos gelos e forças como os terremotos, que
tornam o movimento de rotação um pouco mais lento.
Somados, todos esses milissegundos fariam com que os
relógios ficassem em descompasso com o planeta. Por isso, os cientistas inserem
esse segundo nos relógios com o objetivo de sincronizar a velocidade dos
ponteiros com a da Terra.
Sincronia digital - Se, em um dia comum, um segundo pode não
fazer muita diferença, para as máquinas, é fundamental. "Os grandes
sistemas de navegação por satélite, os principais sistemas de sincronização de
redes de computadores, devem levar em conta esta alteração. Se não, correm o
risco de 'erros'", explicou Daniel Gambis, diretor do Serviço de Rotação
da Terra (sim, tal instituição existe!), em Paris.
No início do ano, a Nasa e o Instituto Internacional de
Pesos e Medidas (BIPM), na França, alertou fabricantes e responsáveis pelos
sistemas digitais a respeito da alteração. Ela não deverá causar panes ou
grandes problemas nos sistemas. Afinal, com esse método, 26 preciosos segundos
foram adicionados aos dias desde 1972.
fonte: veja.abril.com.br
domingo, 28 de junho de 2015
Foguete da Nasa explode
O foguete que transportava um cargueiro não tripulado da
empresa SpaceX, que presta serviço à Nasa, explodiu na manhã deste domingo ao
ser lançado de Cabo Canaveral, na Flórida, transportando suprimentos para a
Estação Espacial Internacional (ISS).A agência americana confirmou que "alguma
coisa deu errado" e que está investigando as causas do acidente com o
cargueiro Dragon.
Foi a terceira tentativa de levar suprimentos à ISS que não
deu certo. Em abril,a nave não tripulada russa Progress chegou a entrar em
órbita, mas se descontrolou e caiu, desintegrando-se na atmosfera. Em outubro
do ano passado, o foguete que levara o Cugnus, da empresa Orbital, outra
prestadora de serviço, também explodiu. A estação internacional tem no momento
três astronautas a bordo que, segundo a Nasa, não correm risco, pois estão
abastecidos de tudo o que necessitam até outubro.
sábado, 27 de junho de 2015
Aves aprendem a cantar da mesma forma que crianças
Em estudo publicado nesta semana no Cell Press,
pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, apresentaram
provas de que pássaros aprendem canções da mesma maneira que crianças. Na
teoria, os pequenos deveriam compreender, em primeiro lugar, o reconhecimento
dos sons e, depois, descobririam como as categorias de fonemas se encaixam nas
palavras. Mas não é bem assim que funciona: elas fazem tudo ao mesmo tempo. E
começam a cantar no processo.
Para Timothy Gentner, professor do Departamento de
Psicologia da Universidade da Califórnia e autor do estudo, "este tipo de
aprendizado em seres humanos é compartilhado com, no mínimo, aves cantoras.
Quando pássaros reconhecem padrões de elementos da música, eles recebem um
grande impulso em sua capacidade de categorizar esses componentes". Em
outras palavras, começam a cantarolar.
Músicas de estorninhos, por exemplo, consistem em padrões de
notas simples e curtas agrupadas em temas. Esses tópicos entram em uma das
quatro categorias: apitos, gorjeios, chocalhos ou barulhos, e altas
frequências.
A equipe de pesquisadores queria descobrir como esses
padrões influenciam na capacidade das aves de categorizar sons. Foram treinados
quatro estorninhos para diferenciar padrões auditivos AABB e BBAA de ABAB e
BABA, nos quais A e B representam barulhos de gorjeio e chocalho. Além disso, os
pesquisadores treinaram um segundo grupo da mesma forma, mas trocando os tipos
de sons.
O grupo de especialistas descobriu que as aves que
apresentaram padrões claros de sons tinham vantagem sobre o outro grupo na
capacidade de classificar corretamente o que tinham ouvido. Os resultados
mostraram que pássaros dependem de padrões da mesma maneira como os seres
humanos.
"Nós ouvimos palavras, não sequências de sons da fala.
Embora seja tentador pensar que esta é uma forma exclusivamente humana de
perceber o mundo, não é", declarou Gentner. Para os pesquisadores, apesar
de as aves não terem linguagem, elas podem ensinar muito sobre mecanismos
biológicos e psicológicos de aprendizado de idiomas.
fonte;veja.abril.com.br
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Alguns corais já estão prontos para encarar o aquecimento global
Estudo divulgado hoje (25) na revista americana Science pode
representar alívio para oceanógrafos e climatologistas. Uma equipe da
Universidade do Texas, em parceria com a Universidade de Oregon, descobriu que
alguns corais da espécie Acropora millepora, localizados em áreas quentes da
Grande Barreira de Corais, na Austrália, já apresentam variações genéticas que
os tornam resistentes a águas mais quentes.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores compararam os
corais presentes em áreas mais quentes da Grande Barreira dos Corais, na
Austrália, com outros situados em uma região quase 500 quilômetros ao sul. Eles
acabaram descobrindo que larvas descendentes de corais do norte, cuja água é 2
graus mais quente, tinham dez vezes mais chance de sobreviver a maiores
temperaturas, se comparadas às do sul.
Depois de identificar a diferença na resistência das duas,
os pesquisadores analisaram o genoma das larvas e descobriram variações
genéticas que estariam relacionadas a essa tolerância ao calor. Além disso,
descobriram que mesmo quando os corais resistentes cruzam com os do sul, eles
conseguem transmitir os genes resistentes.
Apesar de os pesquisadores terem focado o trabalho em apenas
uma espécie, eles destacam que é grande a possibilidade de que outros corais
tenham desenvolvido o mesmo mecanismo. "É muito provável que a variação
genética será estruturada de forma similar em muitas, se não na maior parte, de
espécies de corais que compartilham a mesma estratégia reprodutiva: liberar
gametas na água uma vez por ano, que se dispersam em forma de larva. Mas isso
ainda terá de ser confirmado", disse ao site de VEJA Mikhail Matz,
professor de biologia da Universidade do Texas em Austin e um dos autores do
estudo.
O artigo ainda aponta que o homem poderia ajudar na
preservação dos corais justamente ao espalhar pelos oceanos os que já
desenvolveram genes resistentes. Os mares do Caribe e do norte do Oceano
Pacífico abrigam corais similares aos estudados que, portanto, poderiam se
beneficiar da descoberta.
"Os corais não têm que esperar parar as mutações
aparecerem. A larva do coral pode cruzar oceanos naturalmente, mas humanos
também conseguem contribuir, realocando corais adultos para acelerar o
processo", disse Matz. Ele destaca, porém, que um coral só poderia ser
transferido para outro lugar dentro de seu habitat natural, o que quer dizer
que um da Austrália que já tenha desenvolvido os genes não poderia ser levado
para o Caribe, porque com ele possivelmente iriam doenças e outras ameaças à
população nativa.
Os corais são conhecidos por serem os primeiros seres vivos
a sofrerem com (e sinalizarem) os efeitos das mudanças climáticas. O aumento da
temperatura das águas faz com que eles percam o tom alaranjado e comecem a
ficar esbranquiçados. Isso acontece porque, com as altas temperaturas, os
corais expelem as algas que vivem em seu tecido, tornando-se ainda mais
vulneráveis.
O cientista Mikhail Matz deixa um recado para aqueles que
encaram o artigo como uma solução para o aquecimento global: "Nossa
descoberta de maneira nenhuma deve ser encarada como uma pílula mágica que
resolverá o problema. Essa variação genética vai nos dar mais tempo, mas
eventualmente esse prazo se esgotará quando as temperaturas esquentarem demasiadamente",
disse. "Se quisermos salvar os corais, assim como o resto da
biodiversidade do planeta, ainda precisamos desenvolver uma solução para frear
de vez o aquecimento global", acrescenta.
fonte: veja.abril.com.br
sábado, 20 de junho de 2015
Crustacea
Os Crustacea
incluem os siris, caranguejos, camarões, cracas, tatuzinhos de jardim, anfípodes,
capépodes, cladóceros e outros grupos afins. Atualmente, são reconhecidas mais
de 40.000 espécies de crustáceos. Há algumas formas muito pequenas, que vivem
na terra, lagos, rios e mares. A grande maioria das espécies é de vida livre,
porém ocorrem também espécies comensais e parasitas. Os crustáceos têm grande
importância ecológica, pois muitas espécies são elos de várias cadeias
alimentares.
A cutícula
nos crustáceos édura, de onde vem o nome Crustacea (do latim crusta, crosta ou
pele grossa, em português). Essa cutícula algumas vezes torna-se calcificada,
como as conchas dos moluscos, devido à impregnação com carbonato de cálcio.
Os
crustáceos tem o corpo segmentado e pernas articuladas e, portanto, claramente
pertencem aos Arthropoda. Alguns fatores que devem ter sido importantes para a
diversificação e o sucesso ao menos de alguns de seus subgrupos são o
encurtamento do corpo, com redução ou perda de segmentos da região posterior, e
o desenvolvimento da carapaça, facilitando a criação de correntes de água para
a respiração e a alimentação. Enquanto os quelicerados e outros mandibulados
(hexápodes e miriápodes) possuem uma estrutura do corpo mais ou menos
padronizada, nos crustáceos á uma grande
variação. Essa plasticidade estrutural possibilitou a esses animais explorarem
uma grande diversidade de ambientes e utilizarem-se de recursos alimentares dos
mais diferentes. Podem nadar, escavar, rastejar, perfurar madeira, fixar-se em
rochas, caçar, filtrar alimentos em suspensão ou de sedimentos e parasitar.
Ocupa todos os ambientes marinhos, de água doce e alguns são terrestres, mas
geralmente restritos a locais úmidos.
O corpo dos
crustáceos apresenta em cada semento, assim
como vários outros grupos de artrópodes, uma placa dorsal ou tergo, uma
ventral, esterno e lateralmente as pleuras. Cada segmento, exceto o primeiro,
pode apresentar um par de apêndices, porém nem todos os segmentos no adulto são
distintos.
Há uma
grande diversidade e especialização nos apêndices. Nos crustáceos mais basais,
os segmentos têm pares de apêndices semelhantes ao longo do corpo que atuam na
natação, respiração, alimentação e como apêndices sensitivos. Nos grupos muito
diferenciados, ocorre modificação desses apêndices para o desempenho de
diversas funções mais especializadas. Os apêndices têm um padrão birreme
composto por uma base, o protopodito, formado por dois artifícios: coxopodito (coxa) e basopodito (base). No basopodito,
prendem-se dois ramos, um interno, o endopodito,
e um externo, o exopodito, cada um
com um ou mais artículos. O endopodito geralmente é formado por cinco
artículos: ísquio, mero, carpo, própode e dáctilo.
Apresentam
três pares de peças bucais primárias, que são um par de mandíbulas e dois pares de maxilas.
No entanto, em muitos grupos pode ocorrer ainda um ou dois ou até três pares de
peças bucais adicionais, os maxilípodes,
que são apêndices torácicos incorporados à região bucal, que auxiliam na
alimentação.
No
cefalotórax não há segmentação externa, porém no trono a segmentação é
evidente. Como característica supostamente sinapomórfica do grupo, ocorre a
presença do olho naupliar, pelo menos em uma fase da vida, mas as larvas de
trilobitos talvez tenham essa característica, o que a tornaria uma arqueomorfia
em Crustácea. Algumas formas apresentam ocelos medianos na fase adulta e
outras, olhos compostos laterais ou olhos pedunculados.
O trato
digestivo é formado por um tubo simples que corre ao longo do corpo, da boca ao
ânus. Alguns formas mais derivadas, como os caranguejos e siris, mostram uma
complexidade maior na morfologia do aparelho digestivo, com diferenciações em
uma região anterior ou estomodeo, de origem ectodérmica, que é constituído do
esôfago e estômagos cardíaco e pilórico. O estômago
cardíaco ou proventrículo tem a função de triturar e mastigar; o estômago
pilórico é o local de absorção dos alimentos. Na região do estômago médio ou
mesênteron, de origem mesodémica, abre-se a glândula digestiva, também
conhecida como hepatopâncreas, que tem as funções de secreção enzimática,
absorção e reserva.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
Como a formiga aguenta o calor do Saara?
Estudo mostra que um revestimento de pelos de prata ajuda a
espécie a refletir a radiação e resfriar o corpo.
Em novo estudo, publicado nesta semana na revista Science,
um grupo entomologistas dos Estados Unidos e da Suíça descobriu como as
formigas do Saara suportam o calor do deserto: elas possuem um revestimento de
pelos de prata que controla as ondas eletromagnéticas, melhorando a quantidade
de radiação refletida e aperfeiçoando a capacidade de emissão de energia do
corpo da formiga. Em outras palavras, a proteção mantém o corpo em boa
temperatura.
A cataglyphis bombycina, conhecida como formiga prateada do
Saara, pertecence a uma espécie dominante nas dunas de areia do norte da
África. Seus ninhos são enormes e profundos, com múltiplas entradas
distribuídas por vários metros. Trata-se de um dos animais terrestres que mais
tolera altas temperaturas: o corpo atinge até 53,6 graus, sem males.
A equipe de cientistas da Universidade de Columbia, nos
Estados Unidos, e do Instituto de Pesquisa Cerebral de Zurique, na Suíça, foi a
primeira a descobrir que esse revestimento de pelos de prata da formiga, em
formato triangular e transversal, não só melhora a reflexão da radiação,
filtrando raios solares, como aperfeiçoa a capacidade de emissão de energia do
corpo desse inseto. O efeito de resfriamento funciona sempre que as formigas
estão expostas ao sol, reduzindo a sua temperatura corporal de cinco a dez
graus.
"Para entender o efeito da radiação térmica, pense na
sensação de frio quando você sai da cama de manhã. Metade da perda de energia
nesse momento é devido à radiação térmica, pois a temperatura da pele está
temporariamente muito maior do que a do meio ambiente", declarou o
entomologista, e um dos autores do estudo, Nanfang Yu, da Universidade de
Columbia.
Para os cientistas, o fato de as formigas prateadas
conseguirem manipular ondas eletromagnéticas vai muito além do mundo animal. De
acordo com eles, "esta solução biológica para um problema termorregulador
pode levar ao desenvolvimento de revestimentos biomiméticos (ciência baseada no
comportamento da natureza) para o resfriamento de objetos criados por
nós".
fonte: veja.abril.com.br
Como nascem e morrem as estrelas?
O processo de nascimento de uma estrela é mais ou menos
padrão, o que muda mesmo é a maneira como ela morre. Estrelas pequenas ou
médias, como o nosso Sol, terminam a vida esfriando lentamente, enquanto astros
maiores podem acabar seus dias como assustadores buracos negros! Aqui você
confere como são os ciclos de vida estelar mais comuns. O curioso é que esses
ciclos são fundamentais para a construção do Universo. Nas várias etapas da
vida de uma estrela, surgem diferentes elementos químicos, como hélio, carbono
e ferro, todos frutos da fusão nuclear - a grande fonte de energia desses
astros.
Vida de astro
Uma estrela como o Sol pode ter seu diâmetro aumentado cem
vezes antes de começar a apagar
1. Em geral, uma estrela nasce numa região conhecida como
berçário estelar. Os berçários espalhados pelo Cosmo têm nuvens moleculares
gigantes. Formadas por gás e poeira, tais nuvens chegam a ocupar uma área
equivalente à de todo o sistema solar! Com a ação da gravidade, os gases e a
poeira se juntam e a nuvem molecular começa a perder suas partes mais densas
2. Aos poucos, um pedaço desprendido que ganha ainda mais
densidade e calor passa a girar em torno de si até virar um tipo de disco. A
estrela nasce pra valer quando a temperatura e a densidade no disco ficam tão
altas que seus átomos de hidrogênio se fundem, virando hélio. É o início da
fusão nuclear. Tudo isso leva dezenas de milhões de anos
3. Com seu motor (a fusão nuclear) ligado, a estrela entra
numa fase estável de "queima de combustível". Para estrelas pequenas
ou médias, isso pode durar uns 10 bilhões de anos - é nesse estágio que o Sol
está hoje. Já para astros maiores, a fase estável só dura milhões de anos.
Quando o hidrogênio acaba, o combustível para a fusão passa a ser o hélio
4. Quando predomina a fusão do hélio, a estrela ganha
energia extra e se expande, virando uma gigante vermelha - ou supergigante
vermelha se era um astro com pelo menos oito vezes a massa do Sol. Após o
crescimento, o destino da estrela segue por dois rumos diferentes, dependendo
do tamanho dela
5a. Para uma estrela como o Sol, a fase gigante vermelha
dura uns 2 bilhões de anos. Depois, o astro expulsa suas camadas externas,
virando uma nebulosa planetária. No centro dela fica o "cadáver" do
velho astro: uma estrela anã branca. Feita de carbono e oxigênio, ela termina
seus dias esfriando por bilhões e bilhões de anos, mas sem se apagar totalmente
5b. Destino mais catastrófico têm as estrelas com mais massa
que o Sol. Nelas a fusão nuclear continua, e o hélio vai virando elementos cada
vez mais pesados, até chegar ao ferro. O núcleo fica então tão denso que não
consegue mais suportar o próprio peso e desaba, liberando tanta energia que a
estrela se despedaça. É o fenômeno conhecido como supernova
6a. A detonação de uma supernova pode criar uma estrela de
nêutrons. Isso ocorre se o núcleo que entrou em colapso tiver menos do que três
massas solares. Nesse caso, o que resta da supernova é uma crosta de ferro
sólido, muito densa, debaixo da qual está uma "papa" formada por
nêutrons, uma partícula atômica
6b. Mas ainda dá para ter um fim pior... Se o núcleo que
originou a supernova tiver mais que três massas solares, o destino da estrela é
se contrair até virar um ponto de gravidade pura, sem nenhum diâmetro. É o
temido buraco negro, que teoricamente é tão denso que nem a luz consegue
escapar da sua gravidade
Quando o Sol se for
Quando virar uma anã branca, estágio final de sua vida como
estrela, o Sol deve ficar com um diâmetro parecido com o da Terra; ou seja, com
aproximadamente um centésimo do diâmetro que tem hoje. Apesar de encolher muito
no tamanho, o Sol ainda irá preservar quase 60% de sua massa original
Vermelha por quê?
Quando a estrela se expande, sua energia é distribuída por
uma área maior e por isso o calor na superfície cai. Isso deixa a estrela com
um tom mais avermelhado. Quando o Sol chegar lá, daqui a 4 bilhões ou 5 bilhões
de anos, seu diâmetro aumentará cem vezes, o que dá para engolir a atual órbita
da Terra!
fonte: mundoestranho.abril.com.br
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Insetos têm cérebros que diminuíram ao longo da evolução de espécies
Regiões cognitivas de insetos reduziram, enquanto nos
animais vertebrados elas aumentaram.
A sociedade em que um indivíduo vive pode moldar a
complexidade de seu cérebro. Um estudo publicado dia 16/06/2015, no veículo Proceedings
of the Royal Society B., mostrou que, conforme o comportamento social evoluiu,
as regiões do cérebro para o processamento cognitivo de alguns insetos
diminuíram, oposto do que ocorre em vertebrados, animais com coluna vertebral e
crânio, em que essas áreas cerebrais aumentam de acordo com a sociabilidade.
"Ao contar com companheiros de grupo, membros da
colônia de insetos podem se dar ao luxo de fazer menos investimento cerebral
individual. Isso é chamado de hipótese de cognição distribuída", disse
Sean O'Donnell, entomologista e professor do Departamento de Ciência Ambiental
da Universidade de Drexel, na Filadélfia.
Essencialmente, O'Donnell diz que os aspectos de cooperação
ou de integração de colônias de insetos, como o compartilhamento de informações
entre os companheiros do grupo, pode reduzir a necessidade de cognição
individual, a aquisição pessoal de conhecimento. Em outras palavras, os insetos
não se dedicam a ser mais inteligentes por si, visto que a inteligência
coletiva é mais fundamental para a sobrevivência deles e da colônia. Com isso,
em vez de desenvolver a própria mente, se dedicam a construir uma coletiva,
capaz de executar, em conjunto, as tarefas mais complexas.
Já nos vertebrados, como seres humanos e cachorros, os
ambientes sociais mais complexos geralmente exigem habilidades cognitivas
individuais. Por isso, a evolução do cérebro segue via oposta.
Para analisar o cérebro dos pequenos insetos, os
pesquisadores compararam as regiões cerebrais de 29 espécies de tamanhos
variados, solitárias ou que vivem em colônias, de vespas da Costa Rica, do
Equador e de Taiwan.
fonte: veja.abril.com.br
domingo, 14 de junho de 2015
Astrônomos encontram vidro em crateras de Marte
Estudo de cientistas americanos sugere que a substância pode
trazer evidências de vida no passado do planeta.
A partir de imagens registradas pela sonda Mars
Reconnaissance Orbiter (MRO), cientistas identificaram vidro nas crateras de
Marte, substância que pode ser mais uma a trazer evidências de vida no solo do
planeta. De acordo com os astrônomos Kevin Cannon e Jack Mustard, da
Universidade Brown, nos Estados Unidos, a substância foi formada por efeito de
um impacto violento, como o de um asteroide. Um estudo anterior sobre um choque
semelhante na América do Sul encontrou moléculas orgânicas no vidro formado
dessa forma. Está aí o atalho para concluir que esse pode ser um indício de que
há ou houve vida no planeta vizinho.
A análise, publicada na última semana no periódico
científico Geology, descreve como as informações trazidas pela sonda lançada em
2005 para detectar a presença de água em Marte revelou a substância, não
esperada na busca dos pesquisadores. Para achar o vidro, astrofísicos mediram o
espectro da luz refletida na superfície de Marte, pois só assim identificam os
minerais e tipos de rochas no local, remoto. No entanto, não sabiam ao certo o
que seria o material que estava refletindo luz em cor verde. À época já havia a
hipótese de que poderia ser vidro.
Para tirar a dúvida, Cannon misturou em laboratório vários
tipos de poeiras, similares a composição das rochas de Marte, e as colocou em
um forno para que formassem vidro. Para checar como o objeto reflete luz, ele
mediu o sinal espectral, medida técnica que aponta justamente esse tipo de
comportamento de substâncias químicas. Com um algoritmo, comparou os sinais do
vidro em laboratório e os enviados pelo veículo da Nasa. Ambos são semelhantes,
trazendo evidências da existência do material nas entranhas das crateras.
Vida no vidro - Um estudo, conduzido em 2014 pelo cientista
Peter Schultz, também da Universidade Brown, foi a motivação fundamental para
publicar a pesquisa. Schultz encontrou, na Argentina, moléculas orgânicas em
fragmentos de vidro, formadas há milhões de anos em consequência do impacto de
um asteroide. Por isso, a presença da substância pode ser pista para rastrear
vida na superfície de um planeta.
fonte: veja.abril.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)