Regiões cognitivas de insetos reduziram, enquanto nos
animais vertebrados elas aumentaram.
A sociedade em que um indivíduo vive pode moldar a
complexidade de seu cérebro. Um estudo publicado dia 16/06/2015, no veículo Proceedings
of the Royal Society B., mostrou que, conforme o comportamento social evoluiu,
as regiões do cérebro para o processamento cognitivo de alguns insetos
diminuíram, oposto do que ocorre em vertebrados, animais com coluna vertebral e
crânio, em que essas áreas cerebrais aumentam de acordo com a sociabilidade.
"Ao contar com companheiros de grupo, membros da
colônia de insetos podem se dar ao luxo de fazer menos investimento cerebral
individual. Isso é chamado de hipótese de cognição distribuída", disse
Sean O'Donnell, entomologista e professor do Departamento de Ciência Ambiental
da Universidade de Drexel, na Filadélfia.
Essencialmente, O'Donnell diz que os aspectos de cooperação
ou de integração de colônias de insetos, como o compartilhamento de informações
entre os companheiros do grupo, pode reduzir a necessidade de cognição
individual, a aquisição pessoal de conhecimento. Em outras palavras, os insetos
não se dedicam a ser mais inteligentes por si, visto que a inteligência
coletiva é mais fundamental para a sobrevivência deles e da colônia. Com isso,
em vez de desenvolver a própria mente, se dedicam a construir uma coletiva,
capaz de executar, em conjunto, as tarefas mais complexas.
Já nos vertebrados, como seres humanos e cachorros, os
ambientes sociais mais complexos geralmente exigem habilidades cognitivas
individuais. Por isso, a evolução do cérebro segue via oposta.
Para analisar o cérebro dos pequenos insetos, os
pesquisadores compararam as regiões cerebrais de 29 espécies de tamanhos
variados, solitárias ou que vivem em colônias, de vespas da Costa Rica, do
Equador e de Taiwan.
fonte: veja.abril.com.br
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