O processo de nascimento de uma estrela é mais ou menos
padrão, o que muda mesmo é a maneira como ela morre. Estrelas pequenas ou
médias, como o nosso Sol, terminam a vida esfriando lentamente, enquanto astros
maiores podem acabar seus dias como assustadores buracos negros! Aqui você
confere como são os ciclos de vida estelar mais comuns. O curioso é que esses
ciclos são fundamentais para a construção do Universo. Nas várias etapas da
vida de uma estrela, surgem diferentes elementos químicos, como hélio, carbono
e ferro, todos frutos da fusão nuclear - a grande fonte de energia desses
astros.
Vida de astro
Uma estrela como o Sol pode ter seu diâmetro aumentado cem
vezes antes de começar a apagar
1. Em geral, uma estrela nasce numa região conhecida como
berçário estelar. Os berçários espalhados pelo Cosmo têm nuvens moleculares
gigantes. Formadas por gás e poeira, tais nuvens chegam a ocupar uma área
equivalente à de todo o sistema solar! Com a ação da gravidade, os gases e a
poeira se juntam e a nuvem molecular começa a perder suas partes mais densas
2. Aos poucos, um pedaço desprendido que ganha ainda mais
densidade e calor passa a girar em torno de si até virar um tipo de disco. A
estrela nasce pra valer quando a temperatura e a densidade no disco ficam tão
altas que seus átomos de hidrogênio se fundem, virando hélio. É o início da
fusão nuclear. Tudo isso leva dezenas de milhões de anos
3. Com seu motor (a fusão nuclear) ligado, a estrela entra
numa fase estável de "queima de combustível". Para estrelas pequenas
ou médias, isso pode durar uns 10 bilhões de anos - é nesse estágio que o Sol
está hoje. Já para astros maiores, a fase estável só dura milhões de anos.
Quando o hidrogênio acaba, o combustível para a fusão passa a ser o hélio
4. Quando predomina a fusão do hélio, a estrela ganha
energia extra e se expande, virando uma gigante vermelha - ou supergigante
vermelha se era um astro com pelo menos oito vezes a massa do Sol. Após o
crescimento, o destino da estrela segue por dois rumos diferentes, dependendo
do tamanho dela
5a. Para uma estrela como o Sol, a fase gigante vermelha
dura uns 2 bilhões de anos. Depois, o astro expulsa suas camadas externas,
virando uma nebulosa planetária. No centro dela fica o "cadáver" do
velho astro: uma estrela anã branca. Feita de carbono e oxigênio, ela termina
seus dias esfriando por bilhões e bilhões de anos, mas sem se apagar totalmente
5b. Destino mais catastrófico têm as estrelas com mais massa
que o Sol. Nelas a fusão nuclear continua, e o hélio vai virando elementos cada
vez mais pesados, até chegar ao ferro. O núcleo fica então tão denso que não
consegue mais suportar o próprio peso e desaba, liberando tanta energia que a
estrela se despedaça. É o fenômeno conhecido como supernova
6a. A detonação de uma supernova pode criar uma estrela de
nêutrons. Isso ocorre se o núcleo que entrou em colapso tiver menos do que três
massas solares. Nesse caso, o que resta da supernova é uma crosta de ferro
sólido, muito densa, debaixo da qual está uma "papa" formada por
nêutrons, uma partícula atômica
6b. Mas ainda dá para ter um fim pior... Se o núcleo que
originou a supernova tiver mais que três massas solares, o destino da estrela é
se contrair até virar um ponto de gravidade pura, sem nenhum diâmetro. É o
temido buraco negro, que teoricamente é tão denso que nem a luz consegue
escapar da sua gravidade
Quando o Sol se for
Quando virar uma anã branca, estágio final de sua vida como
estrela, o Sol deve ficar com um diâmetro parecido com o da Terra; ou seja, com
aproximadamente um centésimo do diâmetro que tem hoje. Apesar de encolher muito
no tamanho, o Sol ainda irá preservar quase 60% de sua massa original
Vermelha por quê?
Quando a estrela se expande, sua energia é distribuída por
uma área maior e por isso o calor na superfície cai. Isso deixa a estrela com
um tom mais avermelhado. Quando o Sol chegar lá, daqui a 4 bilhões ou 5 bilhões
de anos, seu diâmetro aumentará cem vezes, o que dá para engolir a atual órbita
da Terra!
fonte: mundoestranho.abril.com.br
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