Em 1929, o médico inglês Alexander Fleming descobriu a penicilina, obtida a partir de extratos do fungo Penicillium notatum. Essa droga foi o primeiro antibiótico utilizado pelos seres humanos.
O P. notatum, no entanto, produzia pouca quantidade (cerca
de 2 µg/mL de cultura) da penicilina, o que incentivou muitos
pesquisadores a buscarem outras espécies de fungos que a produzissem em
maior quantidade. Isso possibilitaria uma produção em escala industrial
dessa substância, capaz de atender ao crescente número de pacientes
infecções, vindos, principalmente, dos campos de batalha da Segunda
Guerra Mundial.
Em 1941, o médico norte-americano, Keneth Raper incumbiu sua assistente, Maria, de procurar, em todos os mercados possíveis, diferentes tipos de frutos que, ao embolorar, pudessem conter novas espécies de Penicillium. Foi uma feliz intuição, pois ela (depois apelidada de “Maria Mofo”), após coletar grande número de amostras, encontrou um melão podre, coberto por um bolor dourado, do qual foi isolado a espécie Penicillium chrysogenum (chryso = dourado). Em cultura, essa espécie produzia cerca de 100 vezes mais penicilina do que o P. notatum, de Fleming.
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