quinta-feira, 20 de junho de 2013

Nasa lança programa para rastrear e capturar asteroides

Agência deve contar com ajuda do governo, da indústria e de cientistas para estudar os asteroides que ameaçam a humanidade

A Nasa anunciou nesta terça-feira um novo programa focado na descoberta e estudo de asteroides que possam ameaçar a humanidade. O projeto deve contar com a ajuda de outras agências governamentais, da indústria, da comunidade científica e até de cientistas amadores.


O projeto surge como um complemento para outra missão anunciada recentemente pela Nasa, de uma nave não tripulada que irá capturar um asteroide e rebocá-lo até a órbita lunar, onde astronautas poderão estudá-lo. "A Nasa já trabalha no acompanhamento de asteroides que poderiam representar um perigo para o nosso planeta. Apesar de termos encontrado 95% dos maiores em órbita próxima à Terra, temos que detectar a todos", disse Lori Garver, administradora adjunta da Nasa.

A iniciativa faz parte de uma série de metas chamada Grandes Desafios, traçadas pela Casa Branca para estimular a inovação. "Esse Grande Desafio é focado em detectar e caracterizar asteroides e aprender a lidar com esses riscos potenciais. Nós também vamos aproveitar a participação do público, com sua capacidade de inovação, e dos cientistas amadores, para ajudar a resolver este problema global", diz Garver.

Vizinhança perigosa — Há nos arredores da Terra uma grande variedade de asteroides. A Nasa já detectou quase todos maiores que um quilômetro de diâmetro — os mais perigosos. Foi um desses, por exemplo, que causou a extinção dos dinossauros ao colidir com o planeta há 65 milhões de anos. Os cientistas afirmam que uma colisão com um destes grandes objetos é muito rara na história da Terra e nenhum dos já detectados representa um risco no futuro próximo.

Embora os grandes asteroides sejam facilmente identificáveis, detectar os menores — e mais numerosos — é mais difícil. Segundo a Nasa, há provavelmente 25.000 asteroides com pelo menos 100 metros de diâmetro ao redor da órbita terrestre, capazes de destruir até uma cidade. Desses, só foram detectados 25%.


A caça de asteroides ganhou maior evidência desde 15 de fevereiro, dia em que um destes objetos passou muito perto da Terra, e outro, de 15 metros de diâmetro, caiu na Rússia. Este último, ao se desintegrar, provocou uma onda de choque que quebrou muitas janelas e feriu centenas de pessoas.

Fonte: veja.abril.com.br

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