Descoberta ajudará no estudo da formação e evolução de
sistemas planetários
Obter imagens diretas de planetas é um processo complicado
que requer o uso de diversas ferramentas. Apesar de a existência de quase mil
planetas fora do Sistema Solar já ter sido confirmada, apenas cerca de uma
dúzia deles já foi observada diretamente. Todos os demais foram descobertos por
meio de métodos indiretos, que detectam os efeitos dos planetas na luminosidade
das estrelas.
Agora, nove anos depois de o Very Large Telescope
(Telescópio Muito Grande), do Observatório Europeu do Sul (ESO), localizado no
Chile, ter capturado a primeira imagem de um exoplaneta (planeta fora do
Sistema Solar), a mesma equipe obteve a imagem do que parece ser o mais leve
destes corpos celestes já observado. A descoberta, que pode ajudar no estudo da
formação e evolução de sistemas planetários, foi descrita em um artigo que será
publicado no periódico Astrophysical Journal Letters.
Tecnologia – Estima-se que o planeta, denominado HD 95086 b,
tenha de quatro a cinco vezes a massa de Júpiter (referência de massa para os
planetas gasosos). As imagens do planeta foram obtidas com uso do Naco,
instrumento de óptica adaptativa de um dos telescópios do Very Large Telescope,
que permite a obtenção de imagens nítidas, corrigindo os efeitos de distorção
da imagem provocados pela turbulência atmosférica.
O planeta orbita uma estrela jovem denominada HD 95086 a uma distância de
aproximadamente 56 vezes a distância entre a Terra e o Sol – ou duas vezes a
distância entre o Sol e Netuno. O sistema (planeta e estrela) fica a cerca de
300 anos-luz da Terra. A estrela tem a massa um pouco maior do que a do Sol e
apenas 10 a
17 milhões de anos, o que a faz ser considerada uma estrela jovem.
Os pesquisadores acreditam que o planeta tenha se formado no
interior do disco de gás e poeira que circunda a estrela. A instalação do
SPHERE, instrumento de óptica adaptativa de segunda geração, no Very Large
Telescope, prevista para o final de 2013, deve auxiliar na observação deste de
outros exoplanetas.
Fonte: veja.abril.com.br
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