Os répteis apresentam dentes bem desenvolvidos.
Esses dentes podem estar firmemente implantados nos alvéolos dentários,
que são cavidades nos maxilares e mandíbulas. Nas cobras, há dentes com
canaletas ou canais, especializados na inoculação de veneno. Todas as
espécies de répteis têm cloaca, uma abertura comum aos sistemas
digestórios, excretor e reprodutor.
Como nos anfíbios, e a circulação é dupla e completa e o coração tem dois átrios e apenas um ventrículo, com septo incompleto. Nos crocodilianos, no entanto, existem dois ventrículos completamente separados. Neles não ocorre a mistura de sangue arterial e venoso no interior do coração; no entanto, essa mistura ainda ocorre, porém fora do coração, no cruzamento das duas grandes artérias que saem uma de cada ventrículo.
Os rins são do tipo metanefro, ou seja, suas unidades excretoras filtram o plasma sanguíneo, removendo dele (e não do celoma) as excretoras celulares). No grupo dos répteis há muitas espécies marinhas cujos alimentos têm grande concentração de sais. Seus rins não conseguem eliminar o excesso ingerido e, portanto, a tendência é que esses animais fiquem com o plasma sanguíneo muito concentrado. Certos mecanismos que eles apresentam corrigem o problema, auxiliando os rins na função de osmorregulação. Tartarugas e lagartos (e também muitas aves marinhas) apresentam glândulas de sal que, por meio de transporte ativo, excretam o excesso de sais ingeridos (principalmente sódio e cloro). As glândulas de sal ficam na cabeça, na região das órbitas, e seus canais eliminam o excesso de sais ao lado do globo ocular ou nas cavidades nasais. Uma confirmação dessa função é o fato de o volume dessas secreções aumentar na razão direta da ingestão de sal.
Assim como os peixes e os anfíbios, os répteis também são animais ectotérmicos (ou seja, aquecem seu corpo com o calor do ambiente). Seu metabolismo não lhes permitem uma regulação térmica corporal eficiente. Os lagartos, por exemplo, estão constantemente buscando no meio condições de temperatura compatíveis com a absorção do calor de que necessitam para a realização de suas funções vitais. Assim, em determinadas horas do dia, eles se expõem diretamente ao Sol, atingindo temperaturas internas próximas dos 40ºC; na sombra, ficam com temperaturas mais baixas e, à noite, ainda mais baixas, entre 10 a 15ªC. Pelo fato de não apresentarem mecanismos que permitem manter a temperatura corporal constante, os répteis podem também ser chamados de heterotermos (ou pecilotermos, ou poiquilotermos).
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