Fóssil de 33.000 anos foi encontrado nas montanhas de Altai,
na Sibéria
Análises do DNA de um dente fóssil de cerca de 33.000 anos
recuperado na Sibéria confirmaram que ele pertenceu a um dos mais velhos
ancestrais do cachorro moderno. O achado foi descrito em uma pesquisa publicada
nesta quarta-feira no periódico PLoS ONE por Anna Druzhkova, do Instituto de
Biologia Molecular e Celular, na Rússia.
A origem do cachorro moderno é um
assunto controverso na ciência, com dados genéticos indicando uma separação
entre lobos e cachorros no fim do Pleistoceno, cerca de 11.500 anos atrás.
Entretanto, apenas alguns fósseis similares aos cachorros foram encontrados antes
da última Era do Gelo. É ainda amplamente aceito que a domesticação do cachorro
date do início do período agrícola, há cerca de 10.000 anos. Alguns estudos
sugerem, no entanto, que a separação entre os cães domésticos e os lobos tenha
ocorrido por volta de 100.000 anos atrás — embora o fóssil mais antigo do
cachorro moderno conhecido pelo homem tenha apenas cerca de 36.000 anos.
Durante as análises, os pesquisadores descobriram que este
fóssil, chamado de "cão de Altai" (em homenagem às montanhas em que
foi recuperado), tem uma relação mais próxima com os cachorros modernos e
canídeos pré-históricos encontrados no continente americano do que com os
lobos. "Esses resultados sugerem uma história mais ancestral do cachorro
fora do Oriente Médio ou do Leste da Ásia, que se acreditava anteriormente
serem os possíveis locais de sua origem", dizem os pesquisadores.
A avaliação do fóssil foi feita com análise do DNA. Análises
futuras poderão indicar uma data mais exata e o centro da domesticação.
Fonte: veja.abril.com.br
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