terça-feira, 2 de abril de 2013

Encontrado na Sibéria segundo fóssil mais antigo do cachorro moderno


Fóssil de 33.000 anos foi encontrado nas montanhas de Altai, na Sibéria

Análises do DNA de um dente fóssil de cerca de 33.000 anos recuperado na Sibéria confirmaram que ele pertenceu a um dos mais velhos ancestrais do cachorro moderno. O achado foi descrito em uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico PLoS ONE por Anna Druzhkova, do Instituto de Biologia Molecular e Celular, na Rússia.


A origem do cachorro moderno é um assunto controverso na ciência, com dados genéticos indicando uma separação entre lobos e cachorros no fim do Pleistoceno, cerca de 11.500 anos atrás. Entretanto, apenas alguns fósseis similares aos cachorros foram encontrados antes da última Era do Gelo. É ainda amplamente aceito que a domesticação do cachorro date do início do período agrícola, há cerca de 10.000 anos. Alguns estudos sugerem, no entanto, que a separação entre os cães domésticos e os lobos tenha ocorrido por volta de 100.000 anos atrás — embora o fóssil mais antigo do cachorro moderno conhecido pelo homem tenha apenas cerca de 36.000 anos.

Durante as análises, os pesquisadores descobriram que este fóssil, chamado de "cão de Altai" (em homenagem às montanhas em que foi recuperado), tem uma relação mais próxima com os cachorros modernos e canídeos pré-históricos encontrados no continente americano do que com os lobos. "Esses resultados sugerem uma história mais ancestral do cachorro fora do Oriente Médio ou do Leste da Ásia, que se acreditava anteriormente serem os possíveis locais de sua origem", dizem os pesquisadores.

A avaliação do fóssil foi feita com análise do DNA. Análises futuras poderão indicar uma data mais exata e o centro da domesticação.

Fonte: veja.abril.com.br

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