terça-feira, 2 de abril de 2013

Ordem Ofídia


Os ofídios correspondem às serpentes (ou cobras), peçonhentas ou não. Entre as características do grupo estão: a presença de escamas; a fenda cloacal em posição transversal e a grande mobilidade da mandíbula, com uma dupla articulação que lhes permitem uma ampla abertura bucal no plano vertical. Nas serpentes, as metades (direita e esquerda) da mandíbula são livres, independentes e não soldadas medianamente, como nos demais vertebrados. Isso proporciona uma boa abertura bucal também no plano lateral, facilitando a deglutição das grandes presas.

Toda a anatomia interna das cobras está estruturada em conformidade com sua forma corporal alongada. Assim, há um longo pulmão único, com um saco aéreo terminal, que armazena ar; um fígado comprido; e as duas gônadas não se dispõem lado a lado mas uma após a outra. As serpentes não tem as cinturas ósseas escapular (anterior) e pélvica (posterior), e as costelas não se conectam entre si na extremidade ventral, pois não existe o osso esterno. Não há, portanto, uma caixa torácica.



Nas cobras e lagartos existem duas pequenas câmaras, os órgãos de jacobson, que se que abrem no alto da capacidade bucal. As partículas em suspensão no ar são captadas pela língua bífida (bifurcada) e passadas para esses eficientes órgãos olfáticos. Nos crotalídeos, grupo das cascavéis, há também as fossetas loreais, que são duas cavidades entre os olhos e as narinas. Essas estruturas são termorreceptoras, importantes na percepção do calor emanado do corpo de presas de sangue quente, como pequenos roedores. As cobras são animais muito eficientes muito eficientes quanto aos seus diferentes tipos de locomoção e captura de alimento. Rastejam bem e com velocidade e diferentes terrenos; saltam; exploram buracos e galerias profundas no solo; nadam bem até sobem em árvores. Caçam os mais diferentes animais: invertebrados, anfíbios, mamíferos (especialmente roedores) e aves e seus ovos.

Algumas espécies de cobras peçonhentas abatem suas presas por constrição, ou seja, enrola-se nelas, matando-as por asfixia e esmagamento. Esse é o caso das gigantes sucuris, ou anacondas, do Pantanal e da Amazônia, que podem passar dos 10 m de comprimento.

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