domingo, 31 de março de 2013

Anfíbios

Acredita-se que os ancestrais dos anfíbios iniciaram a transição da ocupação do meio aquático para o terrestre. Isso explicaria o fato de as espécies que constituem esse grupo ainda manterem uma estreia dependência em relação à água, daí o nome (anfi = ambos, bio = vida).



É possível que os anfíbios tenham se originado de peixes aparentados aos dipnoicos (peixes pulmonados) atuais. As principais adaptações dos anfíbios ao novo modo de vida são os dois pares de extremidades locomotoras (eles são tetrápodes), a respiração pulmonar e a epiderme dotada de uma fina camada córnea. A pele, embora ofereça certa proteção contra a desidratação, ainda é permeável, permitindo uma eficiente respiração cutânea. Esse processo também é facilitado pela abundante secreção de suas glândulas mucosas.

A taxa de gás oxigênio presente no ar é maior do a que se encontra dissolvida na água, o que constitui uma evidente vantagem na conquista desse novo ambiente. Outras vantagens que podem ser mencionadas são a menor composição por alimentos e o menor risco de ataque de predadores, já que se acredita que naquela época não existiam outros vertebrados terrestres.

Apesar dessas adaptações, os anfíbios ainda têm limitações no meio terrestre, ficando de certa forma ligados, à água e normalmente vivendo próximo a ela. Isso porque, para a maioria das espécies de anfíbios, a fecundação e o desenvolvimento larvário se processam ni meio aquático, onde ocorre sua metamorfose.

Reprodução

Os anfíbios são animais de sexos separados e geralmente com dimorfismo sexual. O tipo de reprodução dos anfíbios é outra características que os mantêm dependentes da água. Os ovos não têm casca, apresentam apenas um envoltório gelatinoso, assim, eles só se mantêm viáveis em meio aquático. A fecundação é externa; os machos, em cópula, despejam seu líquido seminal sobre um cordão gelatinoso que envolve os óvulos á medida que eles saem da cloaca da fêmea.



Uma vez fecundados, os ovos recebem diferentes cuidados. Dependendo da espécie, eles se desenvolvem no interior dos sacos vocais, em reentrâncias da pele dorsal, enrolados nas pernas ou simplesmente  enovelados, aos milhões, em plantas aquáticas. Em pouco tempo surgem as larvas (desenvolvimento indireto), que nos anuros são chamados de girinos. Estes sofrem metamorfose para chegar à forma dos adultos. A primeira modificação marcante é o aparecimento das pernas posteriores. Em seguida, amplia-se a boca, atrofiam-se as brânquias, surgem as pernas anteriores, menores, e acentua-se a regressão da cauda, que desaparece rapidamente. As substâncias da cauda são reabsorvidas e reaproveitadas para a sequência do desenvolvimento.

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