Esse grupo reúne a maioria das bactérias conhecidas e apresentam uma
enorme variedade de formas e de metabolismo. São seres vivos minúsculos,
extremamente resistente e com uma incrível capacidade reprodutora,
pois, em condições ideais, algumas espécies podem se duplicar a cada 20
minutos. Ocorre no ar, no solo, na água, em materiais em decomposição,
em objetos e no exterior e no interior de quase todos os seres vivos,
estabelecendo com eles relações de diversos tipos, como o parasitismo e o
mutualismo.
As células bacterianas são muito pequenas, da ordem de 1 µm (1 µm = 0,001 mm), apresentando-se isoladamente ou em colônias globosas e filamentares. Assim, embora possam ser visualizadas ao microscópio óptico, sua estrutura só pode ser bem estudada ao microscópio eletrônico, com milhares de vezes de aumento. A célula bacteriana é procariótica, pois o seu material genético não fica no interior de um núcleo, sendo representada por um único longo filamento de DNA em anel, localizado em uma região chamada nucleoide. Além disso, ela possui plasmídios, que são pequenos anéis de DNA dispersos no citoplasma, onde há também muitos ribossomos.
Na região média da célula pode haver uma espécie de prega filamentar da membrana plasmática, o mesossomo, que participa da separação do material genético (DNA) durante a reprodução por bipartição. A parede celular das eubactérias, mais externa em relação à membrana plasmática, é constituída por peptidioglicanas. Essa composição química a difere da parede celular das arqueobactérias e também daqueles encontradas nas células das plantas e dos fungos, que são constituídas, respectivamente, por celulose e quitina.
Além da parede celular, muitas espécies de eubactérias também apresentam uma membrana externa, constituída por uma mistura de polissacarídeos e fosfolipídeos. Algumas espécies possuem, ainda, outra camada revestindo a célula, a última camada é composta principalmente por polissacarídeos e tem funções variadas, como a proteção da célula e a aderência a um substrato. As diferenças na composição da parede das eubactérias, como a maior ou menor quantidade de peptidioglicanas e a presença ou não de um membrana externa, faz com que as eubactérias reajam de dois modos distintos a um método de coloração chamado método de Gram. Por meio desse procedimento, distinguem-se as bactérias Gram positivas, que se coram em violeta,e as bactérias Gram negativas, que adquirem a coloração vermelha. Essa distinção é de grande utilidade na Medicina, pois, no caso de infecção bacterianas, as diferenças na estrutura celular desses dois tipos de bactérias levam a condutas específicas de tratamento.
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