Os osteíctios são peixes de esqueleto ósseo que habitam tanto a água
doce quanto o ambiente marinho. As espécies que compõem esse grupo são
muito mais diversificadas do que os condríctios, tanto em tamanho quanto
em forma e modo de vida. Há as que vivem em grandes profundidades
(abissais), com seus órgãos bioluminescentes; os cavalos-marinhos, cujos
machos guardam os filhotes em uma bolsa ventral; os peixes-voadores,
que planam fora da água para se livrar de predadores; os linguados, que
vivem camuflados na areia do fundo; os tambuatás, que fazem longas
migrações em terra, durante a noite; os baiacus-de-espinho; os
peixes-elétricos da Amazônia, que podem dar descargas de até 500 volts
para capturar presas e se defender; as belas espécies ornamentais; e
tantos outros.
Os osteíctios são bem definidos dos condríctios e podem ser facilmente identificados pela anatomia esterna. Seu corpo é recoberto por grandes escamas circulares, achatadas, dos tipos cicloide e ctenoide, que que ficam sobre a fina epiderme, rica em glândulas mucosas. Na derme há células pigmentadas, os cromatóforos, que permitem mudanças de coloração.
A boca é voltada para a frente e, diferentemente dos condríctios, suas brânquias são protegidas por fortes placas ósseas, os opérculos. A nadadeira caudal é homocerca, ou seja, tem os ramos dorsal e ventral de mesmo tamanho. Em geral, as nadadeiras pares são bem desenvolvidos: peitorais (anteriores) e pélvicas (posteriores), de função estabilizadora. Ao longo da lateral do corpo é bem visível a linha lateral (que também está presente nos condríctios).
Muitas espécies de osteíctios apresentam dimorfismo sexual, com diferenças estremas bem visíveis entre machos e fêmeas, especialmente quanto ao tamanho e à forma do corpo e de algumas nadadeiras.
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