Morfologicamente, as arqueobactérias diferem das eubactérias em alguns
aspectos fundamentais. A maioria das espécies dos dois grupos apresentam
uma parede celular. No entanto, sua constituição
química é bastante variada. A parede das arqueobactérias pode ser
composta por polissacarídeos, glicoproteínas ou proteínas. As
eubactérias, por sua vez, têm na sua parede uma categoria de substâncias
chamadas de peptideoglicanas. As arqueobactérias se diferenciam das eubactérias, portanto, por não apresentarem peptideoglicanas na sua parede.
Além disso, enquanto as eubactérias assumem muitos estilos de vida
diferentes, pode-se afirmar que a maioria das arqueobactérias são autótrofos quimiossintetizantes (ou quimioautótrofas).
Os cientistas reconhecem atualmente a existência de quatro tipos
principais de arqueobactérias, de acordo com a forma de obtenção de
energia e o ambiente em que são encontradas:
- as metanogênicas (produtoras de metano), que são anaeróbias e encontradas no sistema digestório de ruminantes – onde auxiliam na digestão da celulose -, além pântanos, nos sedimentos do fundo de lagoas de lagos e mares e próximo a fendas vulcânicas, suportando altas temperaturas;
- as halófilas (halo = sal; filo = afinidade), em sua maioria , aeróbias e fotossintetizantes, e que vivem em ambientes com alta concentração de sais e de PH extremamente alcalino. Muitas espécies desse grupo apresentam um pigmento fotossintetizante único, a bacteriorodopsina (ou rodopsina bacteriana);
- as sulforredultoras (ou seja, redutoras de sulfeto), que são anaeróbios e que podem ser encontradas, por exemplo, em poças próximas a fendas vulcânicas, tal como as arqueobactérias. Assim, também são capazes de suportar altas temperaturas.
- as termoacidófilas, que realizam a oxidação de compostos sulfurosos e que quase sempre são anaeróbias. Como as metanogênicas e as sulforredutoras, vivem nos arredores de fendas vulcânicas e estão adaptadas a altas temperaturas. Além disso mostram preferência por ambientes extremamente ácidos.
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